Posso antecipar aos estimados leitores desta Coluna, que possivelmente não estarei trazendo nenhuma novidade sobre a “epidemia” do Coronavírus, que ocupa os espaços e os horários nobres dos veículos de comunicação do mundo inteiro. Aliás, não tinha o propósito de abordar o assunto, que foge da linha temática ou das habituais considerações trazidas para este espaço.
Mas, a pedido de alguns leitores que se dizem estarem incomodados com o “jogo da mídia”, pela exaustiva exploração do caso, pretendo reproduzir opiniões e até conclusões desses vários interlocutores.
Há os que afirmam que a massiva veiculação do caso Coronavírus serve para desviar a atenção de muitos outros problemas que, no seu entender, são bem mais abrangentes e graves do que o próprio. Destaque-se que no país em que a doença teve início, na China, teriam morrido, até hoje, entre duas a três mil vítimas. Em vários países da Europa, especialmente na Itália, também teriam ocorrido algumas mortes. No Brasil, até aqui, pelo noticiado, teríamos em torno de 52 casos confirmados, além de um determinado número de suspeitas.
Aí me colocam questões para reflexões. A cada poucos segundos, a fome mata uma pessoa a nível mundial e nesse ambiente vivem mais de 800 milhões de pessoas afetadas pela falta de comida. No próprio Brasil, quantas pessoas são vítimas da fome todos os dias? Há quem diz que chega a 8.500 vítimas por dia.
Observação de outra pessoa: quantas mulheres são vítimas de violência, todos os dias? Por que não haveria uma abordagem maior, de parte dos meios de comunicação?
Outro leitor aponta para uma estatística, dizendo respeito ao desaparecimento de crianças no Brasil. Segundo informações de um deputado estadual, no Rio Grande do Sul desaparecem 15 crianças todo o dia. A fonte estima que no Brasil tenhamos hoje mais de 30 mil crianças desaparecidas. Esses fatos são, verdadeiramente caóticos, ainda mais quando se sabe que as crianças são vítimas de um bilionário negócio, pelo mundo afora, no tráfico de órgãos e de drogas, ou no trabalho escravo, na produção de pornografia ou ainda em adoções irregulares que rendem bilhões de dólares, segundo a própria ONU-Unicef.
Então, com o Coronavírus, criaram-se reflexos em muitos setores de atividades em todos os continentes. Podemos citar a indústria automobilística e de outros bens duráveis. O abastecimento de combustíveis. Medicamentos. Transporte aéreo. A indústria do Turismo. A fabricação de máscaras. No esporte, na Educação. A economia mundial sentirá, por um bom tempo, toda essa turbulência que envolve este acontecimento pertinente à saúde global.
ESTÁGIO MAIS CRÍTICO DA SECA
Há sinais que indicam que as marcas das mais recentes secas estão sendo ultrapassadas. Moradores antigos apontam que sinais fixados em rochas ou pedras nos fundos dos rios, há várias décadas, ficaram à vista, ou seja, a presente estiagem é mais intensa do que as ocorridas e monitoradas nos últimos cem anos.
As elevadas temperaturas desta semana, causaram estragos profundos nas lavouras dos agricultores, especialmente nas culturas de soja e milho, safrinha. Existe uma imensa torcida para que a partir desta próxima semana, o tempo indique mudanças.