Há 25 anos prestando serviços de manutenção para a indústria e agricultura na área de metalurgia e tornearia, o empresário e vereador por cinco mandatos, Roque Haas, define os dois setores em uma única palavra: estagnação. A propriedade com a qual fala é medida através de seu empreendimento, que é usado como termômetro para avaliar o crescimento. “De alguns anos para cá, o ritmo de trabalho manteve-se o mesmo”, fala.
Na sua concepção, agricultura e indústria se complementam e fortalecem os demais setores, quando em expansão. Nesta ótica, vê o setor primário como impulsionador da economia não só do município, mas de toda a região. Porém ressalta que a agricultura familiar, precisa ser melhor valorizada pela Administração Municipal que, segundo ele, deixa a desejar. Fala que o setor está encolhendo e tende a diminuir ainda mais em razão da mão de obra que está migrando para a cidade. “Setenta por cento das pessoas que ainda resistem na agricultura possuem mais de 60 anos”, revela.
Lembrou que a fórmula para mudar essa realidade é simples e passa pela valorização do jovem do campo, que deve e ser estimulada valorizado por meio de incentivos. Neste sentido, citou um anteprojeto de sua autoria, que foi engavetado pelo Executivo, o qual visa a permanência do jovem no campo. O Bônus Produção, que beneficia suinocultores, avicultores e produtores de leite, de acordo com a produção individual, objetiva retornar ao produtor, no período de até 10 anos, parte da arrecadação advinda do ICMS (cerca de 40%). Ressalta que conforme o anteprojeto, o incentivo se dará somente após o produtor começar a produzir. “A exemplo das grandes empresas de Arroio do Meio, que recebem incentivos, o campo também precisa ser valorizado”, justifica, apontando que a cada lote de 25 mil aves, o município arrecada R$ 2,1 mil com o tributo. “Com o produtor de leite não é diferente, a cada 500 litros comercializados o retorno é de R$ 30 e com a suinocultura o valor é de R$ 10 a cada 100 kg de carne produzidos”, cita o vereador.