A escassez de chuvas em novembro e dezembro deixou em alerta algumas associações comunitárias de água na região. Em Arroio do Meio, as diretorias das entidades de Dona Rita e Rui Barbosa, estão pedindo para que os consumidores adotem todas as formas possíveis de economizar água, evitando molhar gramas e usos excessivos na lavagem de roupas e carros, limpeza residencial e de piscinas.
O presidente da associação de Rui Barbosa, Francisco Nicolau Volk, revela que a maioria dos 630 associados compreendeu a gravidade e será parceira até que as chuvas mais expressivas voltem à normalidade. Apesar dos quatro poços artesianos em funcionamento e boa capacidade de reservatórios, a pressão está fraca de uma ponta até a outra dos mais de nove quilômetros de rede. A entidade, que é uma das maiores particulares da região, tem previstos investimentos em mais seis reservatórios, totalizando um aumento de 160 mil litros na capacidade de reserva, com recursos da Funasa e reforço nas redes de água.
Em Dona Rita, de acordo com o secretário Rogério Spohr, os poços artesianos estão trabalhando no limite para atender as 170 economias. A comunidade ainda depende basicamente do poço principal que está situado próximo ao clube Esperança, que tem vazão de 4,5 mil litros/hora. O outro poço que foi adquirido da imobiliária Antares, no loteamento Lagemann, está com pouca vazão.
Segundo Spohr, em 43 anos de existência, a entidade passou de 35 sócios fundadores, para 170 associados, acompanhando a urbanização da localidade. Por meio de definições em estatuto, não estão sendo atendidos loteamentos, que foram direcionados à Corsan.
Nas últimas décadas a entidade investiu em inúmeras tentativas de perfuração de novos poços artesianos em diferentes locais da comunidade, sem sucesso. A expectativa para garantir autonomia está em torno de novo estudo geológico nas imediações do arroio Grande, porém, é aguardado suporte do Poder Público. “Só não corremos risco de desabastecimento porque no ano passado, durante uma manutenção de rede, precisamos recorrer ao apoio da Corsan, que tem reservatórios e poços próximos”. Ao todo, a entidade controla a manutenção de mais de quatro quilômetros de rede e ramais, que em parte também está obsoleta e depende de melhorias.