Muitas pessoas comemoraram o ‘suposto’ desgaste do vereador Vanderlei Majolo (PP) numa manchete compartilhada nas redes sociais durante esta semana. Entre elas, pessoas poupadas pela mídia nas manchetes – mas não nos autos da notícia – pela manutenção de um bom relacionamento. O ‘povo’, às vezes, peca pela ansiedade, superfluidade e memória curta. Mas não vem ao caso.
Alguém parou para analisar essas estatísticas (curtidas, compartilhamentos e comentários) não só de forma quantitativa, mas também de forma qualitativa e interpretativa?
O nome Vanderlei Majolo foi o mais comentado do Vale do Taquari nesta semana. Quando uma pessoa é muito odiada e criticada é sinal que outros gostam ou ainda vão gostar dela. Nem sempre o que parece negativo, de fato é.
O Majolo e outros vereadores (Alessandra, Adiles, Helena e Rocha) só levantaram uma discussão para a solução de um problema de saúde pública e animal. Não é uma eutanásia animal ou a imposição de novas regras repentinas. Só uma preocupação. Talvez de forma muito inocente, Majolo foi infeliz ao jogar no ar durante entrevista, inúmeras possibilidades que poderiam ser discutidas, e a mais “antipopular” acabou virando manchete e foi mal interpretada. “Estou tranquilo. Só lamento minha família ter de passar por isso”, desabafou Majolo, que complementou que pela lei vigente em Porto Alegre, um local com mais de cinco cães é considerado canil, e enquadrado de outra forma.
A vereadora Alessandra Brod (PP) também tocou no assunto, “é apenas o início de uma discussão construtiva para responsabilizar os donos em lei e também promover um suporte de mais qualidade à Apaam”. Já emedebistas declaram que, em nenhum momento eram favoráveis a interferir pátio a dentro das residências, somente ao o que ocorre nas ruas.
Estamos num país onde a liberdade de expressão e opinião são direito de qualquer cidadão. Acontecimentos como esse são sinais de ondas diferentes. É preciso ‘surfar’, para pelo menos se preparar para ‘ondas’ melhores. Um agito ou turbulência fazem parte.
Teve gente que ainda disse: “quem mandou tentar ser oportunista em cima de uma causa alheia. Bem-feito”. Mas é função dos vereadores. Assim como dos jornalistas terem de repercutir sobre assuntos que não os interessam diretamente, porém, à sociedade. Eu falo por mim. Não gosto de animais dentro de casa – basta eu –, mas respeito quem tem. Já tive cães no pátio – em uma fase juvenil muito breve. Mal tenho tempo pra cuidar de mim e de fazer o que eu quero. Mas profissionalmente, não se tem escolha.
FOLGA POLÊMICA? – A folga de três dias úteis do prefeito de Arroio do Meio, Danilo José Bruxel, para tratar de interesses particulares entre 22 e 26 de abril está engasgada na garganta de alguns críticos. O real motivo não foi divulgado, mas o afastamento foi aprovado pela Câmara de Vereadores, que tem a maioria oposicionista. Segundo o chefe de Gabinete, Martin Käfer, era algo agendado antes do resultado das eleições. Garantiu que não era nada “grave” relacionado à saúde.
Não vejo nada errado em folgas, para se dedicar a projetos particulares ou lazer. Além disso, quantas vezes trabalhamos em dias “ruins”. Não se rende grandes coisas, mas é importante estar na engrenagem para compensar em outros momentos mais decisivos. Nem todos profissionais tem uma média de eficiência como CR7 e Leonel Messi, que nunca ganharam uma Copa do Mundo. A motivação é cíclica. Depende muito mais de fatores pessoais do que de uns benefícios de carreira.
NOVO PLANO DIRETOR – Não questiono se o Novo Plano Diretor elaborado na gestão passada (página 07) seguiu a risca todas as regras de um projeto de tamanha relevância. Infelizmente, métodos consultivos não surtem o efeito que se espera na ‘democracia’.