AUXÍLIO R$ 600 – O credenciamento de muitas pessoas aparentemente ‘resolvidas’ profissionalmente e financeiramente, ao auxílio emergencial de R$ 600, gerou polêmica. A forma que os recursos foram liberados evidencia que faltam mecanismos para o governo filtrar critérios para direcionar o auxílio a quem realmente precise.
Entretanto, quem somos nós para julgar o custo de vida bruto dos outros? Muitas pessoas com bens estão com a corda até o pescoço, mas não gostam de mostrar que estão mal das pernas. Alias, no momento o mercado está desfavorável para capitalização. As pessoas também não são obrigadas a se desfazer de conquistas de uma vida ou suor de uma família inteira, de gerações, só pra ninguém apontar o dedo. Como dizia o presidente Bolsonaro “os R$ 600 não vão salvar a vida de ninguém, ou agora as pessoas que pegaram o auxílio são obrigadas a passar o mês com esses R$ 600?”.
Tem gente que não pegou os R$ 600, mas volta e meia está numa mamata e já se achara com moral pra apontar o dedo. Que feio! E já tem muitas pessoas – inclusive servidores com salários parcelados e atrasados, que não imaginavam que seriam contemplados pelo sistema – que se cadastraram para o auxílio temendo uma catástrofe econômica maior, mas já estão devolvendo os valores recebidos.
OPOSIÇÃO ORFÃ? – Tem chamado atenção a manifestação corriqueira de vereadores oposicionistas em Arroio do Meio, de não estarem sendo tão consultados ou convidados para participar de interlocuções comunitárias, institucionais e políticas, como em outras épocas, comparando inclusive Schanck e Eckert. Em alguns momentos os oposicionistas demonstram ter mais saudade do Eckert que os próprios governistas. “O Eckert sabia nos envolver melhor, mesmo às vezes sendo politicagem”, já me disse um vereador. Lembrando que a Casa Legislativa tem autonomia dentro de suas atribuições, mas ainda tem gente que confunde, inclusive muitos eleitores. O ato de se tornar “executor” depende da maioria nas urnas para “executar” e outras séries de fatores. As eleições vêm aí.
VERBAS PARA DOM PEDRO II – Nesta semana circulou na mídia nacional que a transposição do Rio São Francisco foi projetada na era imperial por Dom Pedro II, mas está sendo concluída durante o Governo Bolsonaro. Alguns sonhos, de fato, levam gerações, inclusive nas famílias – casa própria, faculdade e etc. Na sessão de quarta-feira (1º) Darci Hergessel (PDT) voltou a afirmar que o asfalto da rua Dom Pedro II – entre a ERS-130 e a ERS-482 – só não foi iniciado porque faltou projeto de engenharia por parte da prefeitura. Marcelo Schneider (MDB) disse que o empenho independe de projeto, e que a obra, para sair, precisa unicamente verba, listando pelos menos seis tratativas com os deputados Pompeo de Mattos e Afonso Motta, não “finalizadas”. Hergessel afirmou que as propostas citadas por Schneider foram articuladas pelo Executivo nos últimos mandatos e preteriam valores muito altos (de R$ 500 mil a R$ 1 milhão), indisponíveis aos deputados. Já as emendas articuladas por ele (de R$ 125 mil a R$ 500 mil) não foram empenhadas porque unicamente faltou projeto. A falta de uso de recursos municipais também foi questionada e debatida, com alegações governistas de que “apesar de nunca ter sido feito tanto asfalto como agora, não tem dinheiro pra tudo e a ERS-482 ajuda a desafogar o fluxo da Dom Pedro II”.
Já tem gente querendo saber onde vai passar o túnel por baixo Morro Gaúcho interligando a Dom Pedro II a Palmas.