Apesar do quadro de grandes preocupações e incertezas em todas as atividades econômicas do país neste momento de pandemia e de restrições a uma série de ações e procedimentos, os dados divulgados, dizendo respeito às exportações de carnes suína e de frango no último mês de maio, são muito expressivos e, evidentemente, de interesse de muitos produtores, vinculados à agricultura familiar.
As entidades ligadas, por exemplo, à cadeia da suinocultura, comemoram o registro da superação da marca de 100 mil toneladas embarcadas em um único mês, fato jamais ocorrido até então. Este resultado do mês passado, comparado com maio de 2019, representaria um crescimento de 52%.
Já em relação às exportações de carnes de frango, nos mesmos períodos analisados, indica um aumento ou crescimento um pouco mais moderado. O volume deste ano teria sido em torno de 4,5% maior do que em maio do ano anterior. Foram mais de 300 mil toneladas comercializadas para mercados do exterior, o que é um dado significativo e relevante.
Não tenho presente os números, em termos de valores, que essas movimentações possam representar. Mas como os contratos de vendas normalmente são vinculados à cotação do dólar, imaginamos que o faturamento tenha sido razoável, a contento das entidades ou órgãos que lidam com as negociações.
A ministra da Agricultura tem afirmado e reiterado que a conquista de novos mercados externos não estaria comprometendo o abastecimento interno dessas proteínas animais. Outrossim, reforça-se mais e mais o papel do Brasil e sua importância para o mundo inteiro como um potencial fornecedor de alimentos, diante do quadro de milhões de pessoas que sofrem com a falta de comida.
A nossa capacidade de produzir bem e com qualidade é algo a ser destacado. O produtor, seguidamente se mostra inconformado com as exigências que lhe são impostas pelas empresas integradoras, para sua manutenção nas atividades. Mas essas empresas igualmente cumprem um conjunto de regras, principalmente sanitárias, para poderem encontrar bons negócios para a venda da produção.
Quando se vê previsões quanto ao comportamento da economia brasileira neste ano de crise generalizada, o agronegócio será, possivelmente, o único setor a manter um crescimento positivo do PIB.
JUROS DO PLANO SAFRA
Existe uma acentuada expectativa do agronegócio brasileiro em relação ao anúncio do Plano safra 2020-2021, que o Governo Federal fará nos próximos dias, especialmente quanto ao quesito da fixação das taxas de juros para os financiamentos da linha Pronaf.
A maior apreensão é de parte da agricultura familiar que representa a maior parte dos estabelecimentos rurais e também do número de pessoas que se encontram nessas propriedades.
TROCA-TROCA DE SEMENTES
O Governo do Estado decidiu que os produtores estão isentos do pagamento das sementes de milho do Programa Troca-troca, relativas à “safrinha”. As sementes “safra” deverão ter um desconto de 32%. Os produtores esperavam um subsídio maior, considerando a frustração das safras em razão da estiagem.