A pandemia de Covid-19 está popularizando uma prática que era comum em grandes empresas e corporações: as teleconferências. O recurso tem sido usado em reuniões de trabalho de entidades, instituições públicas e de ensino e em empresas menores, onde a tecnologia costumava a ser dispensada em decorrência de uma rotina presencial.
Entre as vantagens, estão a acessibilidade (inclusive de casa ou de fora do município), a dispensa de roupas ou trajes à rigor e a possibilidade de ocupações passivas durante o encontro virtual, pois apesar da atenção às informações, o grau de interatividade (ativo/passivo) é diferente entre cada participante – mediador, diretor, presidente, gerente ou palestrante, associados e/ou colaboradores.
A teleconferência também é considerada por usuários, mais completa no que tange a clareza e objetividade, do que chats on-line , por exemplo, e menos protocolar e burocrática do que reuniões presenciais.
De acordo com o proprietário da Unitec, Rodrigo Rohr, há uma série de softwares e aplicativos gratuitos disponívies. Um deles é o Zoom Meetings. Um programa de videochamadas para Windows, macOS, Linux, iPhone (iOS) e Android. Na versão gratuita, a ferramenta permite realizar reuniões virtuais com até 100 participantes e duração de, no máximo, 40 minutos. Na modalidade Pro, o usuário pode fazer sessões de até 24 horas, administrar melhor o grupo e salvar até 1 GB na nuvem, por uma mensalidade de US$ 14,99 (cerca de R$ 76).
Bastam os participantes terem um smartphone, notebook ou computador com webcam, microfone e som. Um dos usuários cria uma sala e envia um link para os demais participantes. Na tela do computador aparecem seis pessoas. A imagem principal é a de quem está falando e as outras cinco são pessoas que cada participante escolhe ver, podendo trocar.
USO DA TECNOLOGIA PARA COMUNICAÇÃO AUMENTA FOCO NA PRODUÇÃO
A profissional de marketing da Serraff, Indústria de Trocadores de Calor Ltda, Graziela Arnhold, revela que as teleconferências já têm ocorrido com alguma frequência na empresa, comuns em relacionamento com clientes e assessorias (organizadores de feiras, agências de publicidade e outros). Entretanto, pela característica do produto desenvolvido pela empresa, a maioria das negociações com clientes ocorrem pelos canais padrões, como e-mails, WhattsApp, ligações e visitas presenciais.
Segundo ela, o uso de recursos tecnológicos na comunicação interna está no DNA da Serraff, que adota um sistema de gestão integrado moderno, com todos os setores interligados, o que permite acompanhar o fluxo do pedido dos clientes, desde o comercial, engenharia, suprimento, financeiro, logística e inclusive o RH, tornando a gestão mais eficiente e otimizada, aumentando a produtividade das áreas.
Para Graziela, a forma da Serraff atuar e se relacionar, estimula parceiros a também expandirem com redução de custos, fortificando parcerias. “São alternativas de se estar presentes sem estar presente, sempre prezando pelo bom relacionamento e a oferta da melhor solução às necessidades do parceiro”.
DA SALA DE AULA PARA O MERCADO ?
Com o intuito de preparar professores e inserir os acadêmicos na nova onda de mercado, o professor Luis Antônio Schneiders, do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade do Vale do Taquari – Univates, desenvolveu uma série de conteúdos sobre a utilização desses serviços no sistema de aulas virtualizadas. Durante o isolamento, todos os professores da Univates estiveram usando essas ferramentas digitais, que visam também a deixar as aulas mais dinâmicas. A experiência com vários aplicativos (armazenamento em nuvem, chats para reuniões, agendamento, planilhas eletrônicas, entre outros) também é vista como importante para preparar os alunos para o mercado de trabalho, cada vez mais globalizado.