Os últimos dias do mês de março ficaram marcados pela filiação dos vereadores Pedro Volmir de Freitas Noronha, o Kiko, ex-PTB e Luís Both, ex-MDB, ao PDT de Arroio do Meio. Na Câmara de Vereadores passarão a atuar ao lado de Darci Hergessel, presidente do partido e dos progressistas José Elton Lorscheiter, o Pantera, Roque Haas, o Rocha, e Vanderlei Majolo. Com isso a bancada de oposição passará a ter mais integrantes do que a da situação: 6×5. A última vez que a oposição teve maioria foi na legislatura de 2009/2012, quando a casa ainda tinha nove vereadores.
Segundo Hergessel, essa é a primeira vez na história que dois vereadores se filiam a um mesmo partido de forma repentina. “Eles cumpriram a palavra após a parceria da oposição na composição da mesa diretora para o exercício de 2020. O trabalho do Kiko foi fundamental em convencer o Both. Isso é democracia. São nomes que dão ainda mais credibilidade ao partido que está em crescimento e com certeza serão bem mais valorizados do que vinham sendo. Serão fundamentais para o PDT eleger pelo menos três vereadores e essenciais para eleição majoritária”, comenta Hergessel.
A filiação de Both ao Partido Democrático Trabalhista ocorreu na noite de quinta-feira, dia 26. “Sou trabalhador e defendo o trabalho e a democracia. Minha saída do MDB foi uma questão pessoal. Não guardo rancor dos outros filiados e entendo que a Administração faz um bom trabalho. Entretanto, certos posicionamentos ocorrem de forma colegiada. Não haveria sentido em eu me manter filiado entendendo que é preciso alguns ajustes e revisões na gestão”, dimensionou. Both revelou ainda que não pretende concorrer e avalia que em decorrência das indefinições em torno das próximas eleições, a campanha deve ser bastante fria.
Noronha, se filiou na última terça, dia 24. Também disse que ainda irá estudar melhor a possibilidade de se candidatar nas próximas eleições. Revelou que quando anunciou a saída do PTB foi procurado por todos os partidos registados no município e não precisou os motivos exatos que o levaram a se filiar a sigla de Hergessel. Segundo informações de bastidores, Noronha teria sido pressionado pelo próprio governo a permanecer na ala governista.
A presidente do MDB, Adiles Meyer, revelou que, até então, não sabia da movimentação dos legisladores que deixaram a ala governista, mas não se disse surpresa, justamente pela forma em que foi conduzida a eleição da mesa diretora durante 2020. “A última vez que os vi foi na sessão de 18 de março. Nenhum deles nos procurou para uma conversa. São escolhas pessoais. A vida continua e cada um constrói a sua história e forma de agir politicamente. Não vamos nos abalar pela perda de dois soldados”, externou. Adiles ainda disse que o MDB não tem maiores definições em torno dos nomes para as próximas eleições, que os cenários mudam, possibilitando adequações.