Com as obras civis praticamente concluídas, o complexo avícola da Cooperativa de Suinocultores de Encantado (Cosuel) em Palmas, Arroio do Meio, está recebendo a instalação de equipamentos e maquinário. O início do funcionamento, de acordo com o gerente da Divisão Frango de Corte, Pedro Raul Mallmann, está previsto para outubro.
Segundo ele, o Brasil hoje é uma referência na avicultura mundial, o que permite ao frigorífico ter tecnologia de última geração, com os melhores componentes internacionais e nacionais. E como a planta possui bastante espaço físico, upgrades podem ser realizados conforme necessidades futuras.
Mallmann explica que o organograma da planta de abate é complexo e demanda de muitos materiais e ajustes, para uma sintonia em seus vários níveis de tecnologia, desempenhando eficiência no processamento industrial e na segurança alimentar.
O custo do equipamento e maquinário deve ultrapassar R$ 70 milhões. Enquanto que o da estrutura física, que contempla terraplanagens, obras civis, parte elétrica, hidráulica e vapor, beirou R$ 20 milhões.
A capacidade de produção inicial é de abate de sete mil aves por hora. Apesar da tecnologia e automação do frigorífico, serão necessários 320 funcionários para dar início às operações, considerando uma jornada de trabalho de 48 horas de segunda à sexta-feira. A maioria dos profissionais precisa ter uma capacitação específica e muitos precisam ser buscados em outros municípios, considerando que a localidade não tem esta disponibilidade.
Antes da necessidade de ampliação da planta, mais turnos serão implantados. Considerando um limite de quatro turnos de seis horas, a indústria tem potencial para abater 168 toneladas por dia e gerar mais de 1.280 postos de trabalho, com a estrutura que está sendo instalada. Futuramente, com novos upgrades a capacidade de abate por hora pode chegar a 12 mil aves.
De acordo com o coordenador da Divisão de Avicultura, Vanderlei Michelon, todas as aves serão criadas nos nove condomínios avícolas da cooperativa. Cada um produzirá 275 mil aves por lote de 45 dias, que possibilita uma semana de abate. A mão de obra necessária em cada estabelecimento é de seis funcionários. Todas as aves são encubadas num grupo de matrizeiros associados à cooperativa. A genética vai acompanhar o que está consolidado na avicultura mundial. A ração também será produzida pela cooperativa.
O foco será a exportação. A Dália vai oferecer todos os cortes de frango. Inicialmente, apenas uma linha de peito de frango terá opção temperada. Como se tratam de temperos maturados, os outros cortes ainda dependem de testes para consolidar padronização de sabor e palatividade, buscando a identidade já conhecida pelos consumidores de carne suína.
GOLDEN CHICKEN
Já está no mercado, em fase experimental, o frango Dália Linha Golden Chicken. A produção de alguns cortes iniciou neste mês, em caráter de ensaio, através de uma parceria com a Cooperativa Languiru, de Teutônia, no sistema de intercooperação.
Alguns cortes congelados como coxa e sobrecoxa, peito com osso, coxinha da asa, meio da asa e miúdos (coração, fígado e moela) Dália Golden Chicken já estão nas gôndolas de alguns mercados e supermercados atendidos pela equipe comercial das filiais Dália, com o propósito de iniciar uma fase de testes acerca da introdução do produto no mercado. Determinados cortes também são encontrados nos dois supermercados Dália, em Encantado e Arroio do Meio. “É um período de avaliação, de análise da embalagem, um estudo geral de mercado e não um comércio de grande escala. Estamos observando os pontos negativos e positivos para, desta forma, aprimorar este novo segmento em que estamos ingressando”, detalha o gerente da Divisão Comércio e Marketing – Produtos Suínos e Aves, Paulo Weingartner.
O presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, adianta que, em outubro, será iniciada a produção própria da Linha Golden Chicken, no frigorífico da cooperativa, com consolidação do produto no mercado em 2020. “Enquanto isso, a produção dos cortes segue sendo realizada de forma terceirizada pela Cooperativa Languiru, neste sistema de parceria que já temos também no setor dos lácteos”.