Uma grande festa está sendo preparada para o domingo, dia 6, na AERT, em Vila Teresinha, interior de Venâncio Aires, para marcar os 25 anos de ordenação do padre Alfonso Antoni, pároco da Paróquia de Arroio do Meio. Ele foi ordenado em 17 de dezembro de 1993, na Igreja Matriz de Mato Leitão, aos 27 anos de idade e rezou sua primeira missa na AERT, no dia 19 de dezembro. Filho de Ottmar e Maria Joana Antoni, é o mais velho dos cinco irmãos e escolheu como lema sacerdotal: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância (João 10.10)”.
Na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro desde 2013, padre Alfonso conta que sentiu o despertar para a vocação religiosa ainda criança, por volta dos 11 anos. Acredita que a ordenação do padre Seno Wickert, que era vizinho, tenha influenciado e despertado o desejo de também ser padre. “Foi uma situação que me marcou bastante”.
Com o desejo no coração seguiu firme na sua vocação. Cursou a 7ª e a 8ª séries no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Arroio do Meio. O Ensino Médio, entre 1982 e 1984, cursou no seminário de Santa Cruz do Sul. Em 1985, quando já estava no Propedêutico, voltou a Arroio do Meio, como auxiliar do padre Zeno Graff. Na sequência, mudou-se para Porto Alegre e cursou as faculdades de Filosofia e Teologia.
Quase concluindo o curso de Teologia, em 1992, foi a Crateús, no sertão do Ceará, para um estágio pastoral. Lá viu e sentiu as dificuldades da vida dos sertanejos. Um contraste econômico-social enorme, se comparado com o Vale do Taquari e o Rio Pardo. No retorno à Região, concluiu o curso e foi ordenado.
Sua primeira paróquia foi a Nossa Senhora do Rosário, estabelecida no centro de Rio Pardo. Lá Antoni desenvolveu suas atividades pastorais por um ano. Em 1995, por opção, voltou para atuar em Crateús, especialmente no trabalho junto às Comunidades Eclesiásticas de Base (CEBs). Crateús é um município com cerca de 100 mil habitantes, que fica na divisa com o Piauí. É uma região de seca, com uma população pobre, que migra muito para outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, em busca da sobrevivência. Lá o período de chuva vai de março a maio. Nos meses em que não chove, segundo o padre, é muito seco e praticamente não se vê verde. Muitas famílias se mantêm graças ao valor que recebem do programa social Bolsa Família. “Com esse dinheiro conseguiam comprar água e se manter, mesmo com a seca”, revela.
Nesse período, mesmo num cenário adverso e de muitos desafios, fez muitas amizades. “Foi um tempo gratificante. Foi importante para fortalecer esse jeito de ser igreja, o trabalho de base. Não dá para pensar a fé cristã desvinculada da realidade, da cidadania, da prática. Fortaleceu essa experiência numa realidade bem diferente da nossa”.
Em 1999 retornou ao Vale do Taquari e assumiu a paróquia de Cruzeiro do Sul, onde atuou até 2007. Em 2008 padre Alfonso foi transferido para Santa Cruz do Sul, onde atuou na Coordenação de Pastoral da Diocese e atendeu nove comunidades, da Região Pastoral. Em 2013 assumiu a função de pároco na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Arroio do Meio. Sua participação em âmbito de Diocese continua, seja por meio do acompanhamento do trabalho das CEBs ou das articulações diocesanas no ensino religioso, através do Conselho de Ensino Religioso do Estado, nas escolas abrangidas pela 3ª CRE, bem como a articulação da catequese. Também tem auxiliado no Fórum Ecumênico de Padres e Pastores do Vale do Taquari.
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