Enquanto em países de 1º mundo, com bons índices de educação, obtidos com em torno de 180 dias de aula no ano, uma jornada diária mais curta (entre 4 e 7 horas), sem muita lição de casa, pois o foco não é a quantidade e sim a qualidade, no Brasil o ensino público caminha na direção contrária.
A desigualdade e a vulnerabilidade social, aliada à crise de valores e falta de uma política pública voltada para a educação, tem desafiado gestores de municípios e educandários a sensibilizar a participação das famílias, cada vez mais distantes da formação destes jovens.
A intenção do governo federal em aumentar o ano letivo para cerca de 220 dias, com graduação compulsória entre os 4 e 16 anos de idade, e a tendência de ampliação do turno integral, pode vir a encarecer ainda mais o sistema de ensino, que na visão de especialistas está se desvirtuando de sua finalidade, além de sobrecarregar educadores e estudantes.
Os investimentos em educação que em muitos municípios já ultrapassam 30% do orçamento tendem a se elevar, considerando despesas com recursos humanos, infraestrutura, transporte e alimentação. Já há crianças que permanecem de dez a 12 horas, na rotina escolar, o que diminui o convívio familiar, social, período de liberdade e descanso, essenciais para uma formação humana saudável.
E o pior, talvez todo esse esforço não tenha a eficiência e o resultado esperados para melhorar a competitividade do país na economia internacional e no desenvolvimento interno.
Os municípios de Arroio do Meio, Capitão, Marques de Souza, Pouso Novo e Travesseiro têm investido mais de R$ 36.44 milhões anuais em educação, direcionados diretamente aos alunos da rede municipal e ajuda no transporte da rede estadual.