O jornalista Ricardo Sander, 36 anos, morador de Arroio do Meio, embarca para a Rússia na próxima quarta-feira, dia 13, para acompanhar a Copa do Mundo.
Em 2014, Sander, por 54 dias, esteve envolvido com a cobertura do maior evento esportivo do mundo, desde as vésperas, com notícias da concentração da Seleção Brasileira na Granja Comary, no Rio de Janeiro e dos bastidores dos protestos contra o governo federal.
A experiência lhe proporcionou muito aprendizado com relação à atuação da imprensa em grandes eventos. “Havia mais de mil jornalistas de todo o mundo credenciados e apenas 300 fichas eram distribuídas para as entrevistas coletivas. Para conseguir realizar uma pergunta era preciso uma boa interlocução com a assessoria de imprensa. Bem diferente do que ocorre na transmissão de jogos da dupla Gre-Nal, onde todos os repórteres geralmente são atendidos. Além das notícias esportivas trazíamos curiosidades sobre as cidades sede”, revela.
Os 7×1 sofridos contra a Alemanha foram considerados decepcionantes. “Nem assisti a decisão da 3ª colocação contra a Holanda, apenas a final da Argentina contra a Alemanha, conforme havia programado”.
Nesta Copa, o radialista tem expectativas de que o Brasil pode ganhar o Mundial. “O futebol está melhor jogado e há mais tempo de grupo, com o respaldo do trabalho de Tite, que com nomes de confiança, teve um ótimo desempenho nas eliminatórias, sendo a primeira seleção classificada”, aponta.
Em sua opinião esta foi a convocação menos polêmica. A única dúvida é quanto ao rendimento do substituto de Daniel Alves, cortado por lesão. “Acho que Tite deveria ter levado o volante Arthur, do Grêmio. É um atleta com jogo diferenciado que nenhum outro convocado possui. Poderia ser interessante no decorrer da competição, assim como ocorreu em edições anteriores, onde titulares absolutos no esquema tático deram lugar a outros jogadores que estavam num melhor momento e com espírito mais voltado a este tipo de competição”, argumenta.
Sander viaja junto com um grupo de 19 amigos, que começaram a organizar a viagem há quatro anos, antes mesmo dos sorteios das chaves. Na Rússia vão visitar Moscou, Rostov, Soch e St. Petesburg, e claro assistir jogos do Brasil e de outras seleções, e participar das Fan’s Fest’s. “O fato de ir para duas Copas do Mundo era inimaginável há algum tempo. Espero um país com uma cultura completamente diferente e pessoas mais fechadas. Uma das dificuldades será o idioma, pois não é comum falarem inglês. Mas posso estar enganado, os brasileiros também deram um exemplo de hospitalidade, quando no exterior falavam da violência e despreparo para receber estrangeiros”, revela.
Para se deslocar entre as cidades, algumas distantes cerca de 1 mil km das outras, além do metrô e trem, que são considerados muito eficientes, serão necessários também traslados aéreos, para garantir a chegada em tempo hábil. Apesar do planejamento antecipado, com reservas em hotéis e credenciamentos, Sander reconhece o risco de fraudes em sites de hospedagem. “Fizemos apenas reservas de hotel e passagens em cidades e deslocamentos estratégicos, muitos detalhes serão definidos in loco”, conta.
A viagem para a Rússia leva em torno de 23h, incluindo paradas nos aeroportos. A moeda local é o Rublo. Um R$ 1 equivale a 18 Rublos. Os valores da hospedagem são semelhantes aos praticados no Brasil. O fuso horário é de 6 horas de diferença. No retorno Sander pretende conhecer a Holanda e Inglaterra