O serviço de coleta de lixo feito por empresa terceirizada tem trazido transtornos para a população e a Administração Municipal de Arroio do Meio. As reclamações são grandes por parte dos cidadãos que há cerca de duas semanas perceberam uma mudança drástica no serviço. Em praticamente todos os bairros é possível ver o acúmulo de lixo em lixeiras e até na rua. Muitos moradores se queixam de que colocam o lixo para fora e o caminhão simplesmente não passa ou passa em dia e horário diferentes do de costume.
O morador do bairro Navegantes, Paulo Rios, reclama da situação, dizendo que há lixeiras transbordando e que o recolhimento é feito de forma parcial. “Não recolhem todo o lixo, não passam nos dias que passavam. Tem lixo na rua há mais de uma semana”.
O Departamento de Meio Ambiente do município, coordenado por Rose Maria Grassi, fiscaliza a prestação do serviço e vem trabalhando na tentativa de solucionar a questão. Rose explica que no dia 13, o município foi procurado por representante da empresa Ede Jamir dos Santos – ME contratada para o recolhimento do lixo por meio de licitação, que informou que a equipe de recolhimento seria totalmente substituída a partir de então. “Outros funcionários passaram a realizar a coleta, pessoas de fora de Arroio do Meio, que não conheciam a cidade e também com outros equipamentos”, afirma a coordenadora.
O Departamento de Meio Ambiente e a secretaria de Planejamento forneceram mapa da área urbana, bem como o roteiro de bairros e seus respectivos dias de coleta. Contudo, percebe-se que o serviço não é executado como deveria. “Desde então estamos atendendo solicitações de ruas e bairros que ficaram sem recolhimento, e repassando esses locais para a empresa realizar o serviço. O Departamento do Meio Ambiente, responsável pela fiscalização no que tange ao recolhimento de lixo, vem acompanhando e registrando diariamente desde a última semana a prestação do serviço. Percebemos que a empresa está com grandes dificuldades em atender a demanda do município, e estamos tomando as medidas legais cabíveis para a resolução da situação o mais breve possível”, revela Rose.
O recolhimento de lixo no interior também foi afetado. O coordenador dos Serviços Urbanos, Airton Schmitt afirma que não tem como recolher o lixo sem que este tenha um destino, o que cabe à empresa terceirizada. Com isso, na quarta-feira o setor deixou de recolher o material no Morro São José e na Granja Cosuel. “Assim que tivermos uma solução vamos fazer a coleta, independente do dia. Eu gostaria de fazer, mas não depende só de mim”, diz, explicando que não pode recolher o material e simplesmente deixá-lo num caminhão do município.
Em nota encaminhada pela assessoria de imprensa no final da tarde de quarta-feira, a Administração anunciou que suspendeu o contrato com a empresa e deve contratar outra de forma emergencial.
Procurado pela reportagem do AT, Ede Jamir dos Santos, responsável pela empresa Ede Jamir dos Santos – ME, com sede em Barros Cassal, disse que não tinha nada a declarar.