Capitão – O Parque de Eventos do município lotou na terça-feira, com a celebração do Dia Internacional da Mulher. O evento que reuniu cerca de 700 mulheres foi organizado pelo Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais de Arroio do Meio, Capitão e Travesseiro. O objetivo do encontro foi promover a integração entre as participantes em um momento de descontração, confraternização e informação.
A programação iniciou com a recepção das convidadas, seguida de uma celebração ecumênica. Na sequência foi realizada uma dinâmica em grupos que promoveu momentos de descontração e conhecimento entre as participantes, que respondiam a questionamentos referentes a conquistas e desafios enfrentados pela mulher ao longo dos tempos.
Mais tarde a advogada especializada em Direito Trabalhista, Bernardete Lermen Jaeger, esclareceu dúvidas referentes à aposentadoria das mulheres. Segundo ela, há rumores que a legislação trabalhista rural sofrerá mudanças, o que não é verdade, pelo menos por enquanto. Ela explica que não há nenhum projeto concreto nesse sentido, e sim estudos por parte do governo federal em relação ao assunto. Tranquilizou as participantes dizendo que qualquer alteração na legislação depende de um estudo aprofundado e aprovação dos poderes competentes. “Ninguém perderá seus direitos de uma hora para outra. Se houver mudanças, elas acontecerão gradativamente, aos poucos”, afirmou a advogada.
Participantes elogiam o evento
Mariléia Fussinger, moradora de Picada Ruschel, Travesseiro, salienta que o encontro é muito importante, pois ressalta e mostra a importância da mulher na sociedade atual. Diz ainda que a participação massiva no evento mostra a força e a coragem que as mulheres têm em enfrentar desafios, bem como a importância de cada uma na sociedade. “Esse encontro fortalece e valoriza a mulher brasileira”, finaliza.
A moradora do bairro Dona Rita, Arroio do Meio, Arci Spohr, participa do encontro pela quarta vez. Para ela a passagem deste dia representa as conquistas alcançadas até agora, porém lembra que há muito a se fazer. Da mesma opinião compartilha a aposentada Delni Bruxel também moradora do bairro Dona Rita. Ela diz que os encontros servem para fortalecer a luta das mulheres contra o preconceito e a discriminação.