Com a chegada do inverno, postos de saúde e hospital lotam em virtude das doenças alérgicas e respiratórias. Asma, rinite, sinusite, amidalite e otite estão entre as principais queixas.
Essas doenças tendem a piorar no inverno, pois neste período do ano, a temperatura fica mais baixa, o que propicia o seu aparecimento. O aumento da incidência das doenças respiratórias e alérgicas no inverno está ligado ao fato das pessoas permanecerem mais tempo em lugares fechados, facilitando a propagação de infecções das vias aéreas superiores e exposição a locais abertos, ao vento e ao frio.
O diretor técnico do Hospital São José, o médico oftalmologista Lino Girardi, comenta que as doenças respiratórias obedecem uma sazonalidade, ou seja, ocorrem no inverno. As baixas temperaturas e a umidade são as principais causas. Ele chama atenção também para que nessa época do ano, as pessoas protejam a cabeça usando agasalhos como toucas e gorros. A cabeça representa 18% do corpo, que descoberta perde muito calor corporal. “Nós não temos o hábito de usar tocas, o que é imprescindível no inverno”, comenta.
Sofrem também, pessoas que utilizam como meio de transporte as motocicletas, bem como profissionais que utilizam esse veículo para trabalhar, como motoboys. Eles estão suscetíveis ao vento e a chuva, o que aumenta a incidência de doenças respiratórias. “Muitas vezes o motociclista não usa agasalhos necessários, como luvas e jaquetas. O capacete aberto é outro problema. Ele propicia a entrada de ar gelado, o que pode gerar ou agravar doenças respiratórias”, afirma Girardi.
A enfermeira Rosi Mari Barbosa, também do Hospital São José, cita as crianças como as mais vulneráveis a esse tipo de doenças, pois muitas vezes não têm uma alimentação adequada e não são agasalhadas como deveriam. Da mesma forma, cita as escolas infantis, onde as crianças ficam em locais fechados, propiciando a proliferação desses tipos de doenças. “As crianças não reclamam quando estão com frio. Por isso, as mães devem ficar atentas à alimentação e ao vestuário”, orienta.
Ela chama a atenção para a importância da hidratação em todas as faixas etárias, já que nessa época do ano a tendência é a redução na ingestão de líquidos. O consumo de água, chás e sucos é importante, pois a pessoa que consome líquido está menos suscetível a doenças.
Outro dado importante é a higienização. A enfermeira diz que a gripe H1N1 fez do álcool gel um importante aliado na prevenção da doença, porém foi esquecido. Ela defende a importância da retomada desse hábito que está em desuso por parte da população. “O álcool gel deve ser usado na prevenção da gripe que é passada em um simples toque de mão. Essa atitude é muito importante para nossa saúde”.
A secretária da Saúde, Maria Helena Matte, afirma que não é possível quantificar o número de atendimentos relativos a doenças respiratórias nos postos de saúde do município. Contudo, afirma que o número de pessoas que procuram atendimento aumenta nessa época do ano. Por isso, agentes de saúde percorrem os bairros fazendo um trabalho de orientação e prevenção, conversando e utilizando folders explicativos que objetivam diminuir as internações. “A secretaria da Saúde faz um trabalho de prevenção para que essas pessoas não fiquem doentes”, frisa a secretária.