Arroio do Meio – Em 30 anos de história, é a primeira vez que uma mulher será patroa no CTG Querência do Arroio do Meio. Já houve outra eleita, mas esta não chegou a ser empossada. Regina Ferreira Rodrigues encara a oportunidade como um desafio e entende que a vida é feita disso. “Sempre que for para progredir temos que aceitar desafios.” A posse está marcada para o dia 3 de março, às 20h.
Atuante na comunidade, ela sempre colaborou com o CTG, mas só nos últimos quatro anos se integrou à diretoria. Nesse tempo, sempre incentivava um dos colegas a ser patrão. “Dizia: vai lá que está na tua vez.” Agora foi ela quem entrou no círculo de indicações.
Regina conversou com seus familiares e eles a apoiaram desde que se desligasse de outros compromissos para que pudesse continuar realizando as viagens que tanto lhe fazem bem. “Me desliguei de algumas coisas para ser patroa. Na verdade, coordenadora, como prefiro dizer”, conta sorridente.
No dia 03, ocorre a apresentação da patronagem com todos os departamentos. Depois haverá apresentação das invernadas e música gaudéria ao vivo. Será um evento restrito a cerca de 300 pessoas para que todas possam sentar-se e conversar.
No decorrer do ano haverá palestras que abordem o lema do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) deste ano: Prenda minha, o MTG no combate à violência contra a mulher. Regina vai inaugurar o departamento Filhas de Anita que será um trabalho social com as mulheres. “Elas vão se reunir, ajudar a organizar, acompanhar seus companheiros na luta pelos ideais e fazer a coisa acontecer”, enumera.
No decorrer do ano haverá palestras direcionadas para o casal. A patroa quer aproximar o homem, mostrando que há muitas maneiras de violência, até o esquecimento é uma. “Quero que eles entendam que é simples valorizar a companheira. Não precisa de presentes caros. Levar para tomar chimarrão na praça ou para assisti-lo jogando futebol são exemplos de cuidado.”
Para Regina, seu trabalho será de organização. A meta principal é construir e instalar uma secretaria no CTG, incentivar as invernadas e passar um pouco de cultura. Para o ano que vem pretende organizar um livro sobre a história da entidade. “Um CTG se manter por 30 anos dentro de uma cultura alemã, mesmo quando não tinha sede, é de reverenciar todos os ex-patrões”, comemora.
O projeto Mala de Garupa vai continuar, mas com outro foco. Não será estendido só às escolas. Já foram contatados 4 educandários e 3 indústrias. Serão três malas com 30 livros em cada uma.
Por fim, diz que pedirá espaço nas entidades como Câmara de Dirigentes Lojistas e Câmara de Vereadores, para mostrar porque o MTG está preocupado com a Prenda Minha.