Arroio do Meio – O frio intenso traz reflexos para a saúde na região. A volta das temperaturas baixas a partir da próxima semana serve de alerta para a população. Os atendimentos tendem a aumentar neste período, após uma semana de clima ameno.
Desde o início do inverno, as temperaturas oscilaram. Mesmo assim, o número de atendimentos aumentou em alguns municípios em relação ao mesmo período de 2012. Conforme a assessoria de imprensa do Hospital Bruno Born (HBB) de Lajeado, o incremento foi significativo, entre janeiro e julho de 2013. Enquanto que no ano passado foram 1.406 atendimentos. Neste ano foram atendidas 2.031 pessoas – diferença de 625 pessoas.
Em Arroio do Meio, segundo o Posto de Saúde Central e o Hospital São José, o aumento foi pouco, mas os leitos dos hospitais e filas dos postos estão cheios entre junho e até este momento. A gerente assistencial do HSJ, Rose Mari Barbosa destaca que, a tendência é aumentar. “Estamos alertando todos, para não ficar em ambientes pouco ventilados, terem mais cuidados quando entrar em contato com outras pessoas e usar bastante álcool em gel”.
Conforme dados de Capitão, o número de atendimentos por doenças de inverno estão na mesma média do ano passado. A médica Kátia Augusta Civardi relata que o frio não está tão intenso, o que favorece a diminuição destas doenças. Porém, ressalta que houve muitos dias úmidos, facilitando a proliferação dos germes e o aparecimento de quadros como rinite e sinusite. Isto cria condições propícias para infecções do trato respiratório.
Já em Travesseiro, a situação está normalizada. A grande maioria dos pacientes suscetíveis recebeu a vacina influenza. A enfermeira do posto de saúde, Roseleti dos Santos, fala que casos pontuais são comuns.
“Há um público que não toma precauções e também os que preferem apostar em medicações caseiras ou automedicar-se.” Essa atitude mascara os sintomas e o agravamento da doença, tornando necessária internação hospitalar e uso de antibióticos por um período maior.
Clima subtropical favorece
O Rio Grande do Sul é o único dos 26 estados que contempla o clima subtropical. Essa característica implica facilidade de contrair as doenças respiratórias do inverno. Conforme Roseleti, a temperatura oscila entre extremos em curto período de tempo. O frio úmido se alterna com picos de calor e também de baixa umidade do ar. “Mesmo dias ventosos agravam os sintomas das infecções respiratórias”.
A enfermeira do posto de saúde de Marques de Souza, Fabíola Favaretto, destaca as doenças mais comuns: resfriados, otites, gripe, entre outras virais. Ela também lembra que nesse período, é muito comum que doenças crônicas, tais como asma, bronquite e enfisema pulmonar sejam mais fortes.
Crianças e os idosos são os mais suscetíveis às complicações das doenças respiratórias. “Não podemos dizer ao certo, visto que o inverno ainda não terminou, mas acredito que com a crescente conscientização por parte da população acerca da imunização a tendência é que os casos de internações diminuam”.