Arroio do Meio – As comunidades do município receberam orientações a respeito da prevenção contra incêndios. O encontro ocorreu na terça-feira (02), na Comunidade Luterana São Paulo e reuniu representantes das diretorias das comunidades e de escolas. O objetivo principal é evitar que tragédias como a da Boate Kiss, em Santa Maria ocorram no município.
Na ocasião, organizada pela Administração Municipal, o soldado Jonathan Ramon Santos Pereira expôs regras e prazos para que os salões estejam adequados para receberem o público, e esclareceu dúvidas dos presentes. “Esta reunião é proveitosa, pois somos dois profissionais do Corpo de Bombeiros para cobrir 14 municípios. São muitas localidades a serem visitadas, por isso este espaço é de extrema valia”, relatou Pereira.
O presidente da comunidade de Rui Barbosa, Francisco Wolk adiantou-se, mostrando o salão para o bombeiro. Algumas providências, como as saídas de emergência e extintores de incêndio já estão instalados. O profissional, porém, alertou Wolk sobre alguns itens não contemplados e modificações que deverão ser feitas nos equipamentos já instalados. “Encontramos extintores em altura maior do que a especificada. Além disso, como o prédio possui mais de 750 metros quadrados, então será necessária a instalação de reservatórios de água”, explicou o soldado.
Nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental o PPCI está sendo desenvolvido. “Iniciamos a análise pela parte elétrica. Dia 26 deste mês teremos reunião, onde mais itens serão abordados”, declarou a secretária de Educação, Eluise Hammes.
As edificações com menos de 750 metros quadrados enquadram-se no plano simplificado, não sendo necessária a assinatura de um profissional especializado. Por outro lado, os prédios maiores do que esta área, deverão ter a planta assinada por engenheiro com registro no conselho da categoria.
“Todas as plantas serão avaliadas pelo Corpo de Bombeiros, que determinará quantos e quais equipamentos de segurança serão necessários”, explicou o bombeiro. As dúvidas podem ser sanadas diretamente no Corpo de Bombeiros de Lajeado, localizado na Avenida Benjamin Constant, bairro Montanha, ou pelo telefone 3714-1425.
A escolha do profissional deve ser criteriosa
Um dos temores abordados na reunião é encontrar os profissionais adequados para realizarem o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Segundo uma diretora de Escola Comunitária de Educação Infantil, que preferiu manter a identidade em sigilo, um profissional, que faz a manutenção dos extintores prometeu o PPCI e não entregou.
“Investimos cerca de R$ 3 mil em dispositivos de segurança e pagamos R$ 800 para o profissional, que se disse habilitado, mas não recebemos os documentos comprovando nossa adequação”. O soldado do Corpo de Bombeiros salientou que a corporação não pode indicar profissionais habilitados e orientou a população a denunciar aqueles que se habilitam e não cumprem o prometido.
O PPCI
O PPCI foi criado pelo corpo de bombeiros, exigido por órgãos públicos para qualquer imóvel, a fim de proporcionar maior segurança às pessoas. Contudo, este mesmo plano é comumente utilizado para as diversas categorias de imóveis, desde as residências até as indústrias.
O processo objetiva proteger a vida dos ocupantes de edificações, por meio de ações que evitem a propagação do fogo e reduzam os danos materiais.
Além disso, é um plano obrigatório a todas as edificações existentes, mesmo aquelas em situação de construção ou reforma (que possuir ampliação de área superior a 10% da sua área total). A renovação do PPCI é obrigatória a cada alteração feita na estrutura.
Amparo legal
A legislação atual é amparada pelas portarias 064/EMBM/99 – que regula a aplicação, pelos órgãos de Bombeiros da Brigada Militar, da Lei Estadual nº 10.987 de 11 de agosto de 1997, das normas técnicas de prevenção contra incêndios, e 138/EMBM/2002 – que estabelece Plano Simplificado de Prevenção e Proteção Contra Incêndios.