Vale do Taquari – Os 166 candidatos a vereadores gastaram R$ 208.858,31 durante os três meses de campanha para as eleições deste ano. O valor foi usado para conquistar as 23.621 pessoas que compareceram às sessões eleitorais de Arroio do Meo, Capitão, Marques de Souza, Pouso Novo e Travesseiro. O custo médio de cada voto foi de R$ 8,84.
A campanha mais cara ficou com Ricardo Alviggini Cimirro (PT), de Arroio do Meio. Gastou R$ 8.473,47 e conquistou 87 votos, que o deixaram na 30ª posição ao Legislativo arroio-meense.
Na outra ponta da tabela, 15 candidatos declararam gastos de R$ 37. Todos são de Capitão e usaram o valor para a confecção de material de campanha. Em Marques de Souza, uma candidata investiu R$ 73 durante os três meses de propaganda eleitoral.
Os dados correspondem à prestação de contas feitos pelos postulantes ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está disponível no site www.tse.jus.br. O prazo para entregar os dados à Justiça Eleitoral encerrou na terça-feira. Quem descumpriu a medida pode ser impedido de assumir o cargo. A diplomação ocorre no dia 13 de dezembro.
O custo médio por voto poderia ser maior, caso o site do TSE não apresentasse problemas. Prestações de contas de oito candidatos não puderam ser visualizadas pelo sistema.
Campanha majoritária
Para os candidatos a prefeito, o voto de cada eleitor custou menos: R$ 5,96. Os 11 postulantes ao cargo principal nos cinco municípios gastaram R$ 140.855,51 para atrair os mesmos 23.621 votantes.
O próximo gestor de Marques de Souza, Ricardo Kich (PP), teve a campanha mais cara no período eleitoral. Investiu R$ 42.450 para conquistar os 1.888 votos no dia 7 de outubro.
A campanha mais barata foi a de Genésio Hoffstetter (PSB), de Travesseiro. Ele aplicou R$ 4,5 mil, mas não teve êxito.
Eleições mais baratas
A presidente do TSE, ministra Carmen Lucia Antunes Rocha, afirmou que os custos das eleições municipais foram os menores desde a implantação da urna eletrônica, em 1996. O pleito exigiu um investimento de R$ 395,2 milhões, o que equivale a R$ 2,81 por eleitor no Brasil.
Em 2008, o voto por eleitor custou R$ 3,75 e, em 2010, pulou para R$ 3,86. Conforme Carmen Lúcia, o planejamento aperfeiçoado contribuíram com a diminuição dos custos.
Neste ano, a Justiça Eleitoral contou com o auxílio das Forças Armadas em 401 cidades no primeiro turno e em duas no segundo.