Centenas de moradores, usuários e representantes de empresas que utilizam a VRS-482, rodovia que dá acesso a Capitão, bloquearam a via entre às 15h e 18h da última sexta-feira nas imediações do comércio da família Linck.
A ocasião serviu para a população lindeira ao trajeto de 16,5 quilômetros cobrar explicações pessoalmente aos políticos, já que candidatos as eleições municipais de Arroio do Meio e Capitão estavam presentes. Lembrando que o compromisso da obra paralisada há 14 anos é do Estado. Na época o governador Olívio Dutra não deu sequência à obra iniciada pelo governo de Antônio Britto, sob a alegação de que o Estado não possuía dinheiro em caixa. Os governos seguintes, de Germano Rigotto e Yeda Crusius, também deixaram a população frustrada.
O reinício da obra foi anunciado para 1º de julho, e já foi adiado para setembro, prazo em que supostamente encerra o licenciamento ambiental. Entretanto, a assinatura do contrato entre a empresa vencedora da licitação, a Gelprospect e o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (Daer), ainda não foi oficializada. Informações extraoficiais dão conta que a empresa ficou responsável por um lote de licenciamentos, que englobam outras rodovias no Estado, mas de acordo com representantes políticos municipais a VRS-482 será a primeira a receber os estudos.
Em tese, o termo de início para a empresa Construtora Beter S/A (detentora do contrato) repactuar a obra só será dado após o licenciamento ambiental do trajeto. Após isso, caso a empreiteira, que está em recuperação judicial, não cumprir com os prazos, o contrato poderá ser revogado legalmente e uma nova licitação será aberta.
De acordo com a comissão organizadora, além deste, outros manifestos já estão sendo programados e podem ocorrer sem prévio aviso. O último foi amplamente divulgado na imprensa, o que permitiu remanejamento da logística que utiliza o trajeto. Mesmo assim provocou um congestionamento considerável. Apenas ambulâncias com pacientes e caminhões com carga viva foram autorizados a passar.