SOLANO ALEXANDRE LINCK – Jornalista
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FOCO DESREGULADO – A pressão já é perceptível entre equipes de trabalho e pré-candidatos das eleições de 2020. Uma sugestão interessante para alguns políticos é que gastem mais energia em convencer, sensibilizar e cativar eleitores indecisos, e até esclarecer melhor sobre a política local a quem está na região há pouco tempo. Às vezes, no estresse da campanha, é comum criar expectativas e até desgastes com pessoas que não têm aspiração política ou reais interesses em cargos e poder. O fato de muitos entenderem o jogo, não quer dizer que querem jogar. Caso contrário estariam no mínimo filiados. Afinal o envolvimento político, público e comunitário, nem sempre é vantajoso ou é uma ‘obrigação integral’. O dia tem apenas 24 horas e já é difícil fazer uma coisa bem feita ‘profissionalmente’ falando. Às vezes existe precipitação ‘no imaginar e enquadrar os compromissos alheios’. No mais é preciso ser humilde e respeitar as diferenças e potenciais de cada um.
NOVAS CARTAS – O movimento dos estabelecimentos diminuiu em Capitão em circunstâncias da pandemia. A tendência é de que as medidas restritivas impactem nos tradicionais debates políticos acalorados feitos entre os cidadãos na rotina. Se o carteado já diminuiu, a política promete ter muitas cartas diferentes. O secretário da Administração da Capitão, Márcio da Costa, o Maninho, não é mais pré-candidato a vice-prefeito pelo MDB, numa chapa que tem o ex-secretário de Saúde, Jari Hunnhoff (PSDB), como pré-candidato a prefeito. O MDB irá indicar o ex-secretário da Agricultura, Benjamin Fachini. “Foi uma decisão interna do partido”, revelou Maninho. A chapa do MDB e PSDB, irá enfrentar o ex-prefeito Cézar Beneduzi (PDT) que terá como vice Eduardo Hunnhoff, o Ado, que é irmão de Jari. A campanha promete pegar fogo.
POLÍTICA NAS REDES SOCIAIS – As redes sociais serão uma das plataformas para tentar informar e convencer os eleitores. Foram usadas nas eleições federais e estaduais, e vão ser usadas agora nas municipais, com nunca antes. O “X” da questão será a criatividade e argumentações dos soldados que ficaram concentrados atrás das telas de computadores e celulares. Muita gente nem vai dar bola. Vai votar por “intimidade”, consideração, amizade, confiança e admiração. É preciso considerar que parte do eleitorado sabe que a política muda pouco a vida das pessoas e que a sociedade precisa continuar trabalhando, mas quer representes dignos. O excesso da mídia digital pode até atrapalhar. Ou alguém gosta de ouvir propostas das operadoras de telefonia?
TURISMO FULLTIME SÓ EM 2024 – O setor de transportes de passageiros é o mais afetado pela Pandemia de covid-19. Alguns empresários relataram que adquiriram ônibus novos no início do ano para o turismo e ainda não fizeram viagens. Com as mudanças na jornada de trabalho de muitas empresas e instituições, além da paralisação das aulas e receio das pessoas o número de passageiros reduziu quase 90%. Com a renda reduzida, as aposentadorias ajudarão a dar um aporte no orçamento. Não há expectativas para uma retomada integral tão imediata. Se os efeitos da greve dos caminhoneiros de uma semana só foram superados após um ano na economia, a pandemia deve afetar a economia nacional em pelo menos quatro anos, o que afeta diretamente viagens de compras, lazer e eventos, segmentos que dão suporte importante para empresas de ônibus. Já a realização de viagens internacionais terá retomada ainda mais lenta. Agora sim muitos podem parafrasear: “saudades do que ainda não vivemos”.