Em pouco mais de dois anos, a média de lixo produzido em Arroio do Meio subiu aproximadamente 100 toneladas por mês. No início de 2018, de acordo com o Departamento Municipal do Meio Ambiente, eram 304 toneladas. Em janeiro de 2019 subiu para 350 toneladas. E em janeiro e fevereiro deste ano atingiu o pico de 408 e 409 toneladas, respectivamente.
De acordo com a engenheira Nívia Fuchs, a média sobe nos meses de férias escolares de verão e inverno, de feriados que movimentam o comércio e festas de fim de ano. Em março a média caiu para 320, mas voltou a subir em abril para 380 toneladas e a tendência é de que continue crescente na sequência da pandemia.
Entretanto, apesar do aumento do lixo, não houve incremento da reciclagem que se manteve entre quatro e cinco toneladas. A maioria do material coletado era misturado e inviabilizou a reciclagem pós-coleta. Conforme Nívia, os resíduos orgânicos deveriam ter sido separados e direcionados para compostagens.
A proposta do Plano Diretor é incrementar a coleta seletiva com a disponibilização de ecopontos em locais diversificados nos bairros e localidades. Mais novidades devem ser anunciadas em agosto. No futuro, de acordo com regras estabelecidas no Plano Municipal de Saneamento, os munícipes serão cobrados pela coleta, o que implicará numa maior eficiência da reciclagem por parte dos contribuintes.
Atualmente o custo da coleta mensal é de R$ 120 mil. Outro dado alarmante é que, em Arroio do Meio, se produz 20% mais lixo do que o orientado pelas organizações de saúde para municípios de 20 mil habitantes, que seria abaixo de 0,5kg. “Esses 20% representam 800 toneladas por mês e refletem em gastos que poderiam ser investidos em outro segmento. É o dinheiro literalmente jogado fora, mas o serviço precisa ser feito,” conclui Nívia.