A prefeitura de Sapiranga vai pagar, por até três meses, 30% do aluguel de microempresas do município, através do Programa Emergencial de Auxílio ao Comércio e Prestação de Serviços Formais. O benefício é válido para estabelecimentos com faturamento até R$ 360 mil. Em várias outras cidades são concedidos descontos no IPTU a quem privilegiar o comércio local. Aqui, na terrinha, vereadores aprovaram anteprojeto que também vai significar apoio aos empreendedores. Parabéns!
São iniciativas louváveis em um país onde o empreendedor sobrevive a tributos injustos, legislação caótica com alterações frequentes e insegurança jurídica. É difícil adotar medidas uniformes porque cada município possui características peculiares, mas o estímulo ao produto local deve ser estimulado porque é fundamental.
Ser bairrista neste momento de crise significa ajudar na manutenção de empregos e vidas. Ao longo da crise, as entidades empresariais mantêm uma dura luta para reabrir lojas, serviços e indústrias. O maniqueísmo “vida x emprego” foi uma falácia de quem desconhece os desafios de manter um negócio em funcionamento ou prefere a maldade à solidariedade.
Aos poucos algumas atividades retornam, mas estamos distantes do “normal” de antes. O ineditismo do coronavírus, associado à sonegação de informações da China – onde nasceu a pandemia – foram associados à passividade da Organização Mundial da Saúde. Faltou protagonismo e coragem à entidade para cobrar dados, números e detalhes da doença que se alastrou a partir do país oriental.
Rotulados de vilões, os empreendedores sofrem
porque foram taxados de “inimigos da vida”
No Brasil, de proporções continentais, a corrupção, o despreparo e a falta de comprometimento de muitas lideranças impediu um combate mais efetivo. No extremo desta cadeia estão os trabalhadores e quem gera emprego, atributo fundamental para a sobrevivência e a dignidade humana.
Rotulados de vilões por insistir em trabalhar, os empreendedores sofrem porque foram são taxados de “inimigos da vida”. Em vez da informação científica, assistimos à disseminação do pânico pelos meios de comunicação. Imagens de covas à espera de mortos e de vítimas fatais em macas de UTI povoam o noticiário de tevê.
São as mesmas emissoras que pregam o culto à “empatia” – termo da moda – que estimula a todos “que se coloquem no lugar do outro”. E como estarão se sentindo as pessoas que perderam familiares ao vislumbrar as apelativas cenas do noticiário da televisão?
O momento é de adaptação, paciência e tolerância. E de estímulo aos heróis que despertam ao clarear do dia para gerar emprego e manter milhões de vidas. Sejamos bairristas, valorizando nosso comércio, indústria e serviço!