Considerado essencial para os indígenas, o aipim é um dos alimentos mais apreciados e versáteis da culinária brasileira. Entretanto, o risco de geadas na Região Sul exige cuidados redobrados, especialmente com o armazenamento de ramas em ambientes protegidos.
De acordo com o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar, Elias de Marco, há cerca de três anos, uma “geada negra” pegou muitos agricultores desprevenidos, que acabaram perdendo ramas de variedades já adaptadas ao microclima e solo, e ao paladar das famílias.
Na época, muitos tiveram que recorrer a aquisição de ramas do Mato Grosso do Sul, devido à pouca oferta e não conseguiram repor a mesma quantidade que era cultivada anteriormente, pelo custo de produção, qualidade e adaptação.
O ciclo de produção do aipim inicia em setembro. Ele pode ser colhido no fim do primeiro outono, ou até três anos depois. A partir do segundo ano o alimento concentra ainda mais amido, tornando o interessante para fabricação do polvilho, principal matéria-prima da rosca. Depois de um ano plantado, a geada não mata a raiz e a rama acaba rebrotando.
Por ser um tubérculo é bem resistente a pragas e secas. Não exige adubação especial. O principal inimigo natural é a formiga. Também é chamado de mandioca, macaxeira e pão de pobre. Apesar da importância de precaução, os institutos de meteorologia descartam um inverno com temperaturas tão baixas como as registradas no ano passado. As projeções dão conta de que o mês de agosto seja o mais frio.