Estamos realmente vivendo tempos desafiadores. Em relação à saúde pessoal de milhares de pessoas e também à economia que se insere em bases sustentadas pela ciência, política, tecnologia, educação, cultura, trabalho, cidadania… cujos impactos se agravam ou são minimizados de acordo com o grau de maturidade e comprometimento responsável dos que tomam decisões.
Por aqui cresce a preocupação por conta da durabilidade e controle do vírus, que inviabilizam ações que minimizem a médio e longo prazo os efeitos deixados pela pandemia.
Ainda muito terá que ser avaliado sobre o modelo de contenção imposto para a sociedade, num país tão continental quanto o nosso, com realidades diferentes.
É certo que garantir a saúde, cuidado e dignidade das pessoas exige investimentos permanentes. Diante da covid-19, que se espalhou pelo mundo de forma rápida vimos que o Brasil e outras nações não estavam preparados. Uma vez que, o seu combate em casos mais graves depende de uma boa estrutura hospitalar, leitos, UTIs. Como esta estrutura é precária, muitos inocentes pagam a conta com a própria vida ou com outras dificuldades decorrentes da pandemia na economia.
Aqui mesmo em Arroio do Meio, há quanto tempo falamos em UTI?
Relembrando…
Em relação a uma estrutura melhor da nossa saúde, poderíamos citar várias situações nas quais deixamos de investir adequadamente para melhorar estrutura geral, principalmente em grandes centros. Vamos relembrar do IPMF, criado em 1994, no governo de Itamar Franco e recriado em 1997 durante o governo do Fernando Henrique Cardoso sob a denominação CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira com destinação específica para melhorar a infraestrutura e unidades de saúde. A alíquota inicial era de 0,25% e posteriormente passou para 0.38%, quando o bolo passou a atender 0,20% para a saúde; 0,10% para a previdência e 0,08% para o Fundo de Combate à Pobreza. Segundo o UOL, a CPMF também ajudou a sustentar o superávit primário, a economia usada para pagar os juros da dívida da União. O imposto injetou nos cofres do governo R$ 222 bilhões.
Em 1997 quando entrou em vigor até 2007 quando foi derrubada pelo Congresso, foi prorrogada várias vezes, sendo que as principais críticas foram de que não serviu ao seu propósito.
Na época, Jatene que era médico defendeu o tributo e tinha como meta erradicar a dengue; reduzir a incidência de malária para 100 mil casos por ano, cortar pela metade a taxa de mortalidade infantil e elevar o valor pago ao SUS . O ex-ministro não ficou muito tempo no Governo, porque o então presidente FHC não cumpriu com a promessa. Os valores não foram destinados totalmente para a saúde.
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Agora, lamentavelmente, todos os dias há notícias sobre desvio de material ou que chega ou não, para o destino correto, superfaturamento de equipamentos, destino irregular de verbas, porque não há exigência de licitações. A intenção era apressar ações sanitárias de controle da pandemia, cortando as fases burocráticas do processo licitatório de compras, o que é compreensível. Enquanto isso, cresce o número de mortes, já superior a 13 mil no Brasil porque não se consegue dar o atendimento adequado.
Apoio financeiro
Por conta da bandeira vermelha em vigor no Vale do Taquari, sob responsabilidade do governo estadual, o comércio é um dos setores que se sentiu mais prejudicado. Justamente em duas datas importantes para os lojistas – Páscoa e Dia das Mães, não houve condições de atendimento normal. Vários lojistas de Arroio do Meio se sentiram injustiçados, uma vez que apesar de terem tomado todos os cuidados desde o inicio da pandemia seguindo protocolos de higiene e limpeza, tiveram que trabalhar de portas fechadas ou semiabertas, impedindo a entrada livre de clientes, o que prejudicou o atendimento. A expectativa é de que neste final de semana mude a bandeira, porém, pela tradição o fluxo de caixa para os lojistas é concentrado em datas e dias específicos. Ontem de manhã, a CDL, através da sua presidente Leonísia Kunzler encaminhou junto ao prefeito municipal, pedido de incentivo financeiro para manutenção de micro e pequenas empresas do comércio e prestadores de serviços (Página 4).
Eleições
Tudo indica que teremos eleições municipais este ano. Poderão ser adiadas um mês ou mais, mas elas deverão sair. As candidaturas na majoritária que estão sendo vistas como as mais prováveis em Arroio do Meio, são do prefeito Klaus Werner Schnack, concorrendo à reeleição com a vice, a professora Eluise Hammes e pela oposição, o ex-prefeito Danilo Bruxel tendo como vice, o vereador Darci Hergessel ou a professora Adriana Lermen.