A primeira reunião ordinária anual da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), ocorreu na última, sexta-feira, dia 24, por teleconferência. Na ocasião tomou posse a nova diretoria presidida por Ivandro Carlos Rosa.
No ato, que teve a duração de 2h30min, os representantes das entidades conveniadas se mostraram preocupados com a inoperância dos programas de liberação de crédito anunciados pelo Governo Federal, para socorrer as empresas.
De acordo com Adailton Cesar Cé, presidente da Associação Industrial e Serviços de Arroio do Meio, o presidente Jair Messias Bolsonaro anunciou em 23 de março a distribuição de crédito rápidos e flexíveis para todos os setores, inclusive com a liberação de recursos do BNDES, mas na prática não chegaram até os bancos, que operam apenas com linhas próprias, com juros mais elevados. “O momento é muito frágil. Há muitas empresas com dificuldades que precisam ser socorridas urgentemente. Na época afirmaram que seria apenas o primeiro passo de uma série de medidas, mas se passaram quase 40 dias e o primeiro passo nem foi dado. Se nada for feito agora, depois será pior, um terror financeiro”, condena.
Conforme Cé, a CIC-VT vai formar uma comissão e buscar apoio de entidades parceiras, para pressionar o Governo Federal para liberação destes recursos. “Somos cobrados enquanto líderes de classe e precisamos de respostas. A região corre o risco de ficar desgastada economicamente, sem condições de dar passos importantes em obras, e ser fortemente impactada pela pior onda de desempregos do século. É um momento em que qualquer fraquejada ou desatenção pode resultar em prejuízos e falências sem precedentes. Muitos que tinham economias, agora terão que usar a receita para pagar as contas”, revela. Cé ainda destaca que a classe empresarial não tem nada a ver com o desentendimento político e institucional vivenciado em Brasília e lamenta . “O governo precisa fazer sua parte. As empresas precisam ser respeitadas. Empresários e população querem soluções plausíveis”.