Dentaduras antigas raramente estão associadas à dor aguda, que quando aparecem, vão de leves a moderadas. É aí que está o problema, porque o paciente pode se acostumar com essa dor e achar que ela faz parte do tratamento com prótese total – o que não é verdade, como explicam os dentistas da Clínica Saúde. Diagnosticar e eliminar as causas para as dores provenientes de dentaduras é essencial para impedir que ocorra a perda óssea.
A má adaptação da dentadura antiga no rebordo ósseo é um processo lento que, na maioria das vezes, passa despercebido. E isso acontece da seguinte maneira: enquanto o osso abaixo da dentadura antiga vai sendo reabsorvido, ocorre um aumento de espessura da gengiva compensando uma possível formação de fresta no rebordo e base da prótese. O resultado é uma falsa estabilidade. A gengiva crescida é uma das principais causas da dor orofacial em pacientes que usam dentaduras.
O tempo médio de vida para uma dentadura é próximo a quatro anos. Entretanto, quando o paciente utiliza por seis, oito ou 10 anos, pode aparecer uma gengiva espessa, avermelhada e móvel sob as bases da dentadura, trazendo sangramento, dor e diversos problemas. O tratamento indicado é a confecção de uma prótese nova. Por vezes, a borda da dentadura antiga divide a mucosa. É o que chamamos de lábio duplo, que pode causar bastante dor e sangramento.
A dentadura antiga pode continuar por muitos anos estável durante a fala e a mastigação, graças ao crescimento anormal da gengiva sobre o rebordo ósseo, e ao aumento da habilidade muscular para manter a prótese total em posição. É o que se chama de falsa estabilidade e desadaptação da dentadura. Entretanto, a gengiva hiperplasiada, durante os pequenos movimentos da dentadura sobre o osso do rebordo, é motivo para dor e inflamação tecidual.
Com o passar dos anos, a gengiva e mucosa oral tornam-se mais finas e delicadas, incapazes para suportar a compressão da base da dentadura durante a mastigação (envelhecimento da gengiva e mucosa oral). É muito importante que se faça uma nova prótese dentária.
Uma opção mais moderna são os implantes dentários, indicados para substituir um ou mais dentes perdidos através da reabilitação com próteses dentárias parafusadas ou cimentadas sobre implantes. Não existe contraindicação absoluta para o tratamento, porém, existem alguns fatores de risco que podem diminuir os índices de sucesso com a referida terapia, tais como: tabagismo, diabetes e doença periodontal.
Dor de dente?
Dor de dente pode iniciar-se de forma leve e distender para algo agudo, extremamente desconfortável, afetando a rotina de quem sofre com ela. Isso ocorre porque a região interna do dente é composta de nervos e vasos sanguíneos. Assim, qualquer alteração no nosso organismo pode gerar esse extremo incômodo. Quando isso ocorre, há pessoas que fazem o uso de automedicação, envolvendo um grande risco, porque além de mascarar o problema, o uso de um remédio ineficaz e com efeitos colaterais pode agravar o quadro.
A melhor forma de prevenir a dor de dente, conforme explica a Dra. Bárbara Lermem De Sá, especialista em endodontia, é realizar uma higienização bucal eficaz, utilizando escova, fio e pasta dental com flúor, principalmente depois das refeições e, consultar-se periodicamente com um cirurgião-dentista, que dará orientações para cuidados individuais e o tratamento correto para uma dor de dente.