Na próxima terça-feira, dia 25 de fevereiro, acontecerá a 43ª Romaria Da Terra, no município de Mormaço, que se localiza na região de Cruz Alta.
A primeira Romaria foi realizada em 1978 e desde então, sempre em localidades diferentes e no dia de comemoração do Carnaval, a Comissão Pastoral da Terra – CPT, com as 18 Dioceses da Igreja Católica do Rio Grande do Sul promovem o evento, com temas previamente escolhidos e adotados, relacionados à terra, lembrando de todos os que têm lutado pela função social da terra, a sua utilização para produzir alimentos, promover a vida e que não esteja a serviço da especulação, da exploração e da injustiça.
O tema da Romaria da Terra 2020 é “Bem viver no campo e na cidade”. É muito apropriada esta motivação, porque a cidade, população urbana, e o campo, os que produzem alimentos, precisam caminhar juntos, com igualdade e justiça. Conhecemos de longa data a sentença de que quando a agricultura vai bem a cidade também vai bem.
Tivemos momentos em que os maiores clamores dos movimentos sociais e principalmente das organizações classistas, de forma especial dos agricultores, centravam o foco na conquista da terra, no direito à propriedade, através de uma Reforma Agrária e Políticas Agrícolas adequadas. Atualmente a realidade se volta às condições de trabalho e de produção dos que continuam nas atividades agropecuárias.
O campo está perdendo a sua força de trabalho. A população das áreas rurais está envelhecendo muito rapidamente, faltando motivação para os jovens assumirem a condução e a manutenção das propriedades.
O bem viver no campo pressupõe iniciativas que disponibilizem programas e políticas sociais. O Brasil precisa da agricultura expansiva, de produção de grãos. Mas precisa ter a consciência de que a população urbana quer alimentar-se, com produtos de qualidade, oriundos dos agricultores familiares.
PERDAS COM A ESTIAGEM
Na semana passada líderes dos produtores rurais do Rio Grande do Sul, acompanhados com representantes políticos, tiveram uma audiência com a ministra da Agricultura, em Brasília, constando na pauta das conversações, a busca de compensações para as perdas com a recente estiagem.
Ainda não há uma resposta para as várias reivindicações encaminhadas, em especial para o esperado Crédito Emergencial, de 20 mil para cada produtor atingido pela seca.
A expectativa dos setores que lideram as mobilizações é de conseguirem um encontro com o Ministro da Economia para reiterarem a necessidade de um apoio para os pequenos produtores, descapitalizados.
VACINA CONTRA AFTOSA
Possivelmente os produtores rurais já estejam informados e orientados sobre as mudanças em relação à campanha de vacinação contra a febre aftosa. Ao invés de duas etapas (maio e novembro) como ocorreu no ano passado, desta vez será apenas uma etapa, no mês de março.
Esta redução na periodicidade é um indício de que estamos nos aproximando da conquista do status de área livre da doença, como já acontece em outros estados. Em breve deveremos alcançar essa condição.