O que pode acontecer quando jovens e adolescentes são estimulados a pensarem em soluções para os problemas cotidianos da sociedade a partir de um pensamento desprendido dos limites criativos, que são preestabelecidos na vida adulta? Para o Colégio Bom Jesus São Miguel, a resposta é mais de uma centena de pesquisas de iniciação científica que apresentam ideias possíveis, maduras, sustentáveis e com grande impacto social. Tudo isso foi apresentado de 31 de outubro a 1º de novembro, em Curitiba (PR), durante a realização da 5ª edição da Feira de Iniciação Científica do Ensino Médio (Ficem) e 1ª Feira de Iniciação Científica do Ensino Fundamental (Ficef).
De Arroio do Meio, o estudante do 2º ano do Ensino Médio, Lucas Henrique Hachtel participou com o projeto intitulado Chiclete Biodegradável, sob orientação da professora Joane Cord. Segundo o estudante, seu objetivo foi desenvolver um produto que possa substituir o chiclete convencional (comercial), que é o segundo tipo de lixo mais encontrado atualmente na natureza e nos ambientes urbanos. “Além disso, ele traz prejuízos para a nossa saúde pois tem substâncias que são tóxicas”, complementa. A ideia de Lucas é apresentar um produto de formulação simples, acessível às pessoas e que seja sustentável.
O projeto foi desenvolvido durante as aulas de Iniciação Científica do Colégio Bom Jesus São Miguel, que são oferecidas a partir do 9º ano, no turno oposto ao de aula. “A participação na feira foi uma experiência inesquecível, conheci pessoas diferentes, fiz amigos, pude trocar ideias e ver os projetos de outros estudantes. Observei o quanto de inovação que se pode ter na atualidade”, acrescenta Lucas. Ele comenta que fez a apresentação de seu trabalho para o público de forma tranquila e que, em meio aos visitantes, também havia pessoas especializadas em buscar novas ideias para o mercado.
Durante as feiras foram expostos 112 trabalhos de iniciação científica nas categorias Terra, Vida, Sociedade, Saúde e Engenharia, todos eles com soluções práticas e possíveis para problemas do dia a dia, como próteses sustentáveis para animais, aplicativo contra vício em jogos, curativos biodegradáveis, entre outras. Lucas não teve seu projeto classificado mas salienta que ainda está no início da pesquisa, podendo aprimorá-la mais para voltar a participar no próximo ano.