Aos poucos o cenário da 42ª edição da Exposição Internacional de Esteio – Expointer/2019, está sendo desenhado, com o seu lançamento oficial já realizado na última segunda-feira e as inscrições para participações encerradas, verificando-se recordes em alguns setores e melhorias e ampliações de espaços, especialmente para a Agricultura Familiar.
A presença ou participação da Agricultura Familiar no evento deste ano, de acordo com as confirmações divulgadas, ultrapassa os números de edições anteriores, devendo ter 316 empreendedores, contra 285 em 2018 e 201 em 2017, sendo que o crescimento do número, agora confirmado, é de 31 novos expositores de produtos da pequena propriedade rural do Estado.
Cabe salientar que, em 2018, o setor das agroindústrias familiares teve um bom desempenho registrando vendas de mais de quatro milhões de reais. Este é o motivo da maior procura por espaços para a próxima Feira, sabendo que a Expointer é uma grande oportunidade para que os estabelecimentos rurais apresentem seus produtos e façam negócios significativos.
A Exposição inicia no dia 24 de agosto e encerra no dia 1º de setembro. A exemplo de outras edições, os agricultores familiares terão acesso livre ao evento, ou sem pagamento de ingressos, desde que organizados em caravanas, reunidas pelos Sindicatos de Trabalhadores Rurais, para realizarem as inscrições. Os dias de visitas de excursões serão, respectivamente, 28, 29 e 30 de agosto.
FÓRUM NACIONAL – erradicação da Febre Aftosa
O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura usará a estrutura da Expointer, no dia 30 de agosto, para promover o Primeiro Fórum Nacional do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Agricultura, juntamente com as Secretarias de Agricultura dos Municípios e entidades classistas, há vários anos, vêm debatendo a importância da obtenção do status de área livre da febre aftosa.
Vale lembrar que uma decisão interessante já foi tomada neste ano, com a diminuição da dose das vacinas aplicadas, significando uma tendência de, aos poucos, poder ser retirada a exigência da vacinação, que ainda neste ano ocorre em duas etapas, maio e novembro.
O próprio Ministério da Agricultura estipulou a meta de alcançar, até o ano de 2023, a condição sanitária de área livre de febre aftosa em todo o território nacional, fato que tem a sua importância, sobretudo quando se pensa em ampliar o mercado de comercialização de carne bovina para países mais exigentes, além de também melhorar o comércio interno.
Há muitos anos não se tem mais registros de ocorrências de focos de febre aftosa no rebanho bovino, e até outros. Observando esse detalhe, a manutenção das campanhas de vacinação serve apenas para causar prejuízos aos produtores. Certamente existe uma ação de parte dos laboratórios fabricantes das vacinas que não querem perder o nicho comercial. Porém as autoridades sanitárias e governamentais precisam se impor e olhar para os interesses e as necessidades de um País, que tem as suas pretensões e o desejo de ampliar as relações comerciais.
MERCADO DE MÁQUINAS
A partir do momento em que os recursos financeiros do Plano Safra 2019/2020, começaram a chegar à rede bancária credenciada, o setor de comércio de implementos e máquinas agrícolas apresentou movimentação positiva, um real aquecimento.
A linhas de crédito para investimentos trazem ânimo para os produtores e a sua confiança no bom desempenho das culturas de grãos, está motivando a categoria para a renovação de sua frota de máquinas e implementos e até mesmo aqueles que ainda não tinham, por exemplo, trator em sua propriedade, buscam aquisições para facilitar o trabalho de produzir alimentos e expandir suas áreas de cultivos diversos.