Na tarde de quarta-feira, dia 21, vereadores de Arroio do Meio, empresários, coordenadores das secretarias do Planejamento, Indústria Comércio e Turismo e Agricultura e STR, tiveram uma reunião com o gerente de relacionamento da RGE, Edson Severo Braz e com a consultora de negócios, Katiele Walendorff dos Santos. O encontro ocorreu na Câmara de Vereadores e foi intermediado pela presidente Adiles Meyer, após reclamações recorrentes em função das más condições de postes e qualidade no fornecimento de energia.
Braz detalhou a forma de operação, logística, obras estruturais e investimentos nos 381 municípios nos quais a companhia está presente no RS, que passam por rigoroso controle nos prazos de cumprimento. “Os indicadores são cobrados pela própria Aneel e só não estão melhores porque temos muitas obras em andamento, que necessitam de desligamentos no fornecimento”, explica.
Em Arroio do Meio, no primeiro semestre, foram investidos R$ 846 mil na melhoria dos serviços ao consumidor, que englobam a reforma da rede de média tensão, manutenção de três reguladores de tensão e podas em 42,79 km na rede, além da troca de postes. Segundo levantamentos da empresa são 4,3 mil postes de concreto (66%) e 2,2 mil de madeira. Já o reforço de rede entre Arroio do Meio e Lajeado deve ser concluído até agosto de 2020 com investimento de R$ 4,5 milhões. Indiretamente o município também será beneficiado por R$ 16,5 milhões de investimentos que ocorrem em Lajeado para melhorar a distribuição da energia.
Conforme Braz, os 16 reguladores na área urbana do município, permitem à companhia, trabalhar de forma isolada nos pontos críticos sem afetar as demais localidades do município. Essa tecnologia também notifica as demandas à central de suporte técnico. Porém, esse mecanismo não funciona na área rural. Por isso, sugere que os clientes notifiquem a empresa por SMS (pelo 27350) ou por aplicativo para smartphone, imediatamente. “As linhas telefônicas têm um limite que faz com que o 0800 seja inoperante em crises. Hoje temos 31 canais de atendimento ao consumidor divididos em quatro categorias. Em nosso site nossos clientes encontram 90% das soluções que procuram nas agências”, explica.
O gerente também falou do desafio ambiental, considerado o maior da companhia, em torno das catástrofes climáticas e excesso de vegetação na rede em alguns pontos, e outros acidentes que vitimam 30 pessoas por ano e deixam feridos semanalmente. Os novos postes suportam ventos de até 220km/h. E, em áreas de difícil acesso, estão sendo colocados postes de fibra que custam cinco vezes mais do que os de concreto. “A troca não programada de um poste nos custa até seis vezes mais. Temos autonomia ambiental em suprimir a vegetação que atrapalhe a rede”, revela.
Ao empresariado, esclareceu que, com os investimentos da subestação no bairro Dom Pedro II, não falta capacidade energética, porém, sugere a procurarem projetistas para analisarem a necessidade de carga das empresas e contatarem consultores de negócios. Explicou que a legislação obriga os próprios estabelecimentos a contratarem o reforço de energia, no caso da alta tensão. Geralmente um projeto é liberado em 10 dias. Para quem tem mais pressa sugeriu a terceirização pois, se realizados pela própria RGE, os ajustes podem levar até 120 dias, entretanto com preços mais baratos, pelo poder de compra.
Questionado a respeito do abandono do interior, revelou que infelizmente o reforço de rede e melhorais no abastecimento ocorrerão do Centro para fora, por uma questão de logística. Na primeira semana de setembro, vereadores e representantes do Poder Público irão visitar alguns pontos críticos com a equipe da RGE. A ideia da concessionária é estreitar o relacionamento e realizar novos encontros.
O empresário Volmir Daltoé, apontou falhas na comunicação interna da companhia com a terceirizada e criticou a postura protocolar, questionando a idoneidade de algumas auditorias. Braz reconheceu a necessidade de avanços, mas avaliou que certas questões são interpretativas. No encontro, também foi anunciada a substituição de lâmpadas convencionais por led em oito prédios públicos, incluindo escolas.