Independente dos resultados que as urnas apontarão neste domingo, as eleições ficarão marcadas por uma nova forma de fazer política. Acredito que mesmo depois das eleições, ela será motivo de análise e seu impacto poderá ser avaliado com mais embasamento.
Aponto aqui algumas impressões/opiniões positivas e negativas que tive deste pleito que trouxe à cena um clamor de mudança por parte da população que se manifestou nas bases do combate à corrupção sistêmica em andamento, na falta de segurança e violência/preconceito contra mulheres, negros, gays, minorias, mas também (violência velada) contra os setores organizados da sociedade; banalização de valores religiosos e familiares; excesso de ideologia na administração pública.
Programas de governo
Infelizmente pouco se debateu sobre propostas de governo. Muito menos sobre como resolver o enorme déficit fiscal e dívida brasileira. No cenário nacional e estadual, mesmo nesta reta final de campanha, os candidatos não explicaram como vão tirar o país e o estado das dificuldades financeiras e como vão promover a retomada do crescimento.
Novo presidente e governador
Domingo, até às 19 horas ou bem antes saberemos quem serão nosso futuro governador do Rio Grande do Sul e o nosso presidente da República. Será a decisão soberana do eleitor. Estamos numa democracia. Boa eleição a todos.
Propaganda mudou
A propaganda eleitoral gratuita nos grandes meios de comunicação de massa (TV e rádio) deixou de ser principal fonte de informações. Muitas das que foram propagadas, continuaram no velho estilo, de ser propaganda enganosa, “baixando o nível” com finalidade eleitoreira, canetaços de última hora. Mas foram menos maquiadas, é verdade, sem a intervenção de marqueteiros, alguns por sinal, envolvidos em esquemas de corrupção, caixa 2, em eleições majoritárias anteriores. Foi pelas redes sociais que se travou boa parte do debate, por iniciativa de candidatos e com participação direta do eleitor. O eleitor buscou informações, compartilhou, interagiu. Mas como se sabe, muitas informações compartilhadas e visualizadas eram fake news.
As redes sociais também foram plataforma de divulgação divertida, alegre, crítica, com participação de artistas desconhecidos que fizeram músicas em diferentes estilos. Foi uma forma lúdica de atrair a atenção do eleitor.
Sobre como ser mais seletivo, ter maior discernimento em relação a conteúdos digitais temos que aprender e avançar muito. E não é um problema só brasileiro. O mesmo tem ocorrido nos Estados Unidos e Europa.
Retomado o compromisso de instalar a UTI no HSJ
A visita do deputado estadual Lucas Redecker (PSDB), agora eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul, ao amigo e presidente da Acisam, Adailton Cé a Arroio do Meio, no início da semana, foi proveitosa no sentido de retomar as atenções da comunidade para a instalação e implantação de uma UTI – Unidade de Terapia Intensiva, projeto que vem sendo estudado e acalentado há mais de uma década. Acompanhado de integrantes da entidade, Cé levou o deputado para conhecer o Hospital São José, referência regional em várias especialidades e que está se preparando para implantar uma UTI para atender uma demanda que vem aumentando em função de condições clínicas de pacientes na área da traumatologia, cardiologia entre outras… “A região tem apenas 30 leitos e há uma demanda para pelo menos 60”, explicou Clovis Soares, diretor da rede de hospitais da Divina Providência. “São frequentes os casos em que não se encontra leitos, que há necessidade de transportar pacientes para mais longe. Se corre o risco de perder vidas em função do tempo. É um sofrimento para as famílias que ficam longe do paciente”. Soares conhece bem a realidade local porque já atuou diretamente no HSJ, e na explanação falou do comprometimento, dos valores e princípios que norteiam a instituição com uma gestão eficiente dos recursos técnicos e humanos, sempre em busca de aperfeiçoamento para alcançar indicadores de desempenho, atendimento humanizado e qualificado. Fez uma avaliação das necessidades de recursos financeiros e humanos para manter uma UTI, convicto de que o Hospital São José de Arroio do Meio pode ser sede desta UTI para atender a comunidade local e municípios da região e do Estado em caso de necessidade.
Cé disse que recentemente ficou quase cinco meses passando diariamente pelo hospital, quando testemunhou o atendimento atencioso e qualificado no hospital, mas também os desafios pelos quais passa a instituição com a necessidade de recursos e investimentos permanentes, para manter padrão de atendimento, principalmente numa época de crise. Manifestou sua intenção de tomar como uma das metas da entidade para 2019, promover e buscar apoios e parcerias para avançar no projeto. Lucas Redecker, deputado eleito que assume em fevereiro uma cadeira na Câmara Federal, fez questionamentos para saber mais sobre a instituição e se comprometeu a incluir a demanda em sua agenda para encaminhar recursos por emenda parlamentar ou de outra área.