Nesta eleição, como já vinha ocorrendo em eleições anteriores, muitos candidatos a deputado federal e estadual, estão focados em votos na candidatura própria e bem menos no candidato a presidente da República do seu partido. Notadamente isto acontece com o MDB. Poucos correligionários defendem a candidatura de Henrique Meirelles que, por sinal, desde que começou a campanha, não chegou por nenhum momento a ultrapassar os 3% de preferência nas pesquisas feitas no âmbito nacional. Aliás, as traições político-partidárias, a falta de coerência, têm sido comuns e sucessivas nas campanhas.
Financiamento público
A campanha para estas eleições, como sabemos, vem praticamente toda de financiamentos públicos. Para ter uma ideia dos R$ 55,5 milhões arrecadados por todos os candidatos a deputado federal no RS, 90,6% vem de financiamento público. Destes valores, mais da metade foi distribuída para parlamentares que já têm mandato. Ao todo são 422 candidatos que disputam 31 cadeiras na Câmara. A maior parte dos recursos para se eleger na Assembleia Legislativa também vem de financiamento público, ou seja, 54,1% dos R$ 26,6 milhões arrecadados para a distribuição entre os candidatos a deputado estadual vieram de financiamento público.
Pesquisas eleitorais
Todas as pesquisas eleitorais apresentadas pelos institutos tradicionais em relação às eleições majoritárias para a presidência da República estão dando liderança para Jair Bolsonaro (PSL), que continua hospitalizado depois de ter sofrido uma facada no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante uma caminhada pelas ruas, quando estava em campanha.
As pesquisas também mostram uma tendência para polarização nestas duas semanas que faltam para as eleições. Resta saber qual será o poder de reação das candidaturas de Centro, como de Geraldo Alckmin (PSDB) que depois de quatro mandatos em São Paulo, está desgastado no maior colégio eleitoral do país, de Marina Silva (Rede) e de Ciro Gomes (PDT) que disputa votos da esquerda tradicional e centro. Mas a polarização está se dando com o candidato de Lula, Fernando Haddad (PT), que ocupa a segunda posição nas pesquisas. Na última pesquisa do Ibope, Haddad tinha 19 % das intenções de voto e Bolsonaro, 28%. Ciro (PDT) 11%; Alckmin (PSDB) 7% e Marina (Rede) 6%.