Diante da crise pela qual passa o país, ampliada pelos últimos acontecimentos, com a greve dos caminhoneiros que teve adesão de boa parte da sociedade (pelo menos até o momento em que não afetou o abastecimento de produtos e serviços essenciais) é preciso que se construa novas perspectivas para o Brasil, um país tão cheio de possibilidades e riquezas. De gente empreendedora e alegre.
Estamos há poucos meses das eleições, o que abre caminho para que surjam novos líderes capazes de apresentar propostas e soluções concretas para retomar o crescimento e desenvolvimento do país, sob o ponto de vista econômico, mas também com justiça social para os menos favorecidos. O povo está cansado de ser refém de grupos privilegiados, políticos e dirigentes populistas, oportunistas e corporativistas.
Agregar e somar
Em junho de 2013, antes das eleições presidenciais de 2014, o povo foi para as ruas para pedir por um Brasil melhor. Era um alerta do povo de que já não estava mais satisfeito com a forma como vinha sendo conduzida a vida pública. Tivemos eleições em 2014 e este governo passou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) o que na base legal foi justificado pela irresponsabilidade fiscal. O vice, Michel Temer (MDB) assumiu com a promessa de retomar a economia, de fazer as reformas necessárias para diminuir o déficit fiscal.
Infelizmente, por conta da falta de credibilidade e dificuldade de dialogar com a sociedade, de forma transparente com agenda positiva e da falta de autoridade para impor limites para os interesses corporativistas, as dificuldades só aumentaram.
Como estamos há poucos meses das eleições parece que boa parte da sociedade espera ansiosamente que surjam candidatos confiáveis que possam apresentar propostas claras e exequíveis. Que não se preocupem apenas em ser simpáticos para o eleitor, nem façam acordos e alianças convenientes só para ganhar votos, mas que tenham coragem de ter um diálogo honesto, responsável e comprometido com o futuro da Nação.
Temos que olhar para frente. Se estamos mergulhados numa profunda crise de governo e de muitas instituições temos que reconhecer também que há mudanças em curso e o exemplo mais significativo é a Lava-jato que levou para a cadeia empresários, operadores e políticos tradicionais. Desvios de recursos públicos e corrupção ou mesmo uso de estatais para benefício político partidário ou projeto eleitoral duvidoso (a exemplo da Petrobras, BNDS …) passam a ter maior controle e fiscalização.
Dentro da nossa estrutura política e regime, dependemos bastante da forma como o governo e o Congresso conduzem as ações públicas. Neste sentido uma das armas do povo é o voto que nasce das opções que se apresentam através dos candidatos disponíveis nas esferas federais e estaduais (caso da eleição deste ano). Esperamos que o eleitor esteja ciente da sua própria responsabilidade na hora de decidir e possa encontrar candidatos honestos, corajosos , de espirito coletivo, transparentes e comprometidos com as mudanças do país. Que Brasil Queremos para o Futuro, a campanha desenvolvida pela Rede Globo resume em frases pequenas de Norte a Sul, que a sociedade quer educação, segurança, saúde, respeito, investimento em projetos, obras e ações que tragam benefício coletivo.
Estado menor
É também cada vez maior o número de pessoas que defendem um Estado menor. O ex-prefeito de Estrela, ex-deputado estadual, Hélio Musskopf, é um destes. Encontrei-o causalmente na semana passada e ele lembrou que quando exerceu seu último mandato a prefeito ( 1976 – 1982), antes de ser deputado, o município de Estrela tinha uma área geográfica quase três vezes maior que atual. Em compensação o número de funcionários era bem menor, realidade que segundo ele se repete em muitos municípios. Para ele, o Senado poderia ser extinto, “não tem função prática” e os parlamentos e ministérios poderiam ser reduzidos em pelo menos um terço.