A Comunidade Católica de Capitão celebra neste domingo, 22, os 65 anos da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e o Jubileu de Ouro de vida sacerdotal do padre Silvério Schneiders. Uma grande festa comunitária está sendo preparada em comemoração, que também lembra a padroeira. A programação inicia às 9h30min com a chegada em procissão da imagem de Nossa Senhora Aparecida, conduzida pela comunidade de São Jacó. Em seguida será celebrada a missa festiva e, na sequência, os participantes seguem em procissão até o ginásio municipal, onde se realiza a festa.
O almoço será servido às 12h. Cartões podem ser adquiridos antecipadamente ou na hora ao investimento de R$ 30 para adultos e R$ 15 para crianças de 6 a 11 anos. À tarde a programação segue. Às 15h30min está previsto o sorteio da rifa que conta com 30 prêmios, sendo o primeiro um boi de mais de 400 quilos, além de leilões. Também haverá pescaria. A reunião dançante será animada pela banda Novo Mundo, sem a cobrança de ingresso.
65 anos de união
A história da Comunidade Católica de Capitão possui os seus primeiros registros por volta do ano de 1918, quando Damiano Fachini e Cornélio Rizzi doaram uma área de terras, onde, algum tempo depois, foi construída uma pequena capela de madeira.
Em 1934, na mesma área, deu-se início a construção da primeira igreja de alvenaria, que ainda hoje está preservada e é usada para reuniões, encontros de catequese e também como casa mortuária. Em 3 de maio de 1953, Dom Vicente Scherer assinou o decreto de criação da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Capitão, formada pelas capelas de São Luís, Linha Marinheira, Linha Estefânia, Linha Argola, São Jacó, Bicudo e São Domingos.
No dia de 10 de maio de 1953 foi empossado como primeiro vigário o padre Luís Rech, apadrinhado por Augusto Ritt e Theobaldo Käffer. Seus primeiros atos foram a criação do Apostolado da Oração e do Clube de Mães Sant’Ana, além da construção das capelas de São Luís e Linha Marinheira e da inauguração do novo cemitério católico. Em 1963 foi construído o pavilhão de festas, onde atualmente funciona o parque de máquinas da prefeitura e adquirido também um jipe para o deslocamento do padre às capelas.
Em 1975, foi iniciada a construção de uma nova igreja e, no dia 14 de maio de 1978, ano em que a paróquia completava 25 anos, foi inaugurada a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário.
Em 23 de fevereiro de 2008 foi inaugurado o Centro Pastoral.
Diversos foram os padres que marcaram a comunidade católica de Capitão, merecendo especial destaque o padre Luís Rech, Reinaldo Rech, João Walter Geihl, o cônego Leopoldo Loch, o padre Ílfio Theisen, o padre Luiz Lamperti, o padre José Neumann, padre Beto Konzen, Benjamin Borsatto, Guido Vogt, Joaquim Daniel Wendland, Leandro Lopes e atualmente o padre Silvério Schneiders.
A Paróquia Nossa Senhora do Rosário reúne seis comunidades e vários pontos de celebração.
Há 50 anos servindo com alegria
O padre Silvério Schneiders nasceu em 21 de agosto de 1941, em Arroio do Meio. É filho de Ottília Eidt Schneiders e Alvino José Schneiders. Possui 12 irmãos, sendo que um deles, Luciano, também escolheu o sacerdócio. Fez o primário em São Caetano e o secundário no Seminário de Arroio do Meio e Gravataí. Também estudou no Seminário de Viamão. Em 9 de dezembro de 1967 foi ordenado diácono pelo bispo Dom Alberto Etges, no então Colégio São Miguel. No ano seguinte, em 6 de julho de 1968, Dom Alberto Etges retornou a Arroio do Meio para a ordenação sacerdotal do padre Silvério. Escolheu como lema “Serei padre para servir com alegria”.
Sua primeira atuação como padre foi na paróquia de Encruzilhada do Sul. Também foi vigário em Santa Cruz do Sul e pároco em Ilópolis, em Pantano Grande e em Arroio do Meio. Em janeiro de 1979 foi cedido à Igreja Irmã de Diamantino, no Mato Grosso. No início de 1985 retornou ao Vale do Taquari para atuar como pároco em Nova Bréscia e nas paróquias Santo Inácio e Moinhos, em Lajeado. Em dezembro de 1989 foi cedido à Igreja Irmã de Sinop, Mato Grosso, onde permaneceu até 1996. No retorno, assumiu a Paróquia de Muçum, onde ficou até julho de 1998, quando novamente foi cedido à Igreja de Sinop. Em dezembro de 2000 foi nomeado pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Rio Pardo. Em janeiro de 2002 novamente foi cedido para o Mato Grosso. Desta vez foi para Mutum, na Diocese de Diamantino. Em janeiro de 2006 retornou para o Rio Grande do Sul, tendo assumido a paróquia de Capitão e a de Travesseiro. Desde 2008 coordena somente a paróquia de Capitão, tendo em vista que foi nomeado um padre para atender exclusivamente a paróquia de Travesseiro.
Nestes 50 anos, por onde tem passado, o padre Silvério deixou marcas consideráveis do seu trabalho. Aplica o seu lema em tudo o que faz. Serve com alegria e com grande vontade de impulsionar as comunidades onde atua. Por ocasião do aniversário de 25 anos de ordenação, em 2 de janeiro de 1994, a comunidade de São Caetano, Arroio do Meio, realizou uma festa. Na época, o padre Silvério atuava em Novo Progresso, prelazia de Itaituba, no Pará. Nesta ocasião, o padre revelou ao AT que no Pará e no Mato Grosso o padre era uma figura influente: “é o conselheiro do povo”, disse. Ficou impressionado com a presença de delegações das mais diversas paróquias nas quais havia atuado, inclusive do Mato Grosso.
Naquela ocasião, já se ressaltava as marcas de desenvolvimento deixadas por meio das diversas construções lideradas pelo padre Silvério nas paróquias de atuação. Destaque para a construção do Centro Esportivo de Pantano Grande, os salões paroquiais de Arroio do Meio e Itaúba, no Mato Grosso, as casas paroquiais de Itaúba e de Novo Progresso, no Pará, o Centro de Pastoral de Guarantã do Norte (MT), a Igreja Matriz de Nova Guarita (MT) e inúmeras capelas.
Em Capitão, nestes mais de 10 anos de atuação, os avanços são perceptíveis. Melhorias foram feitas na parte interna e externa e da igreja, na capela mortuária e no cemitério. Na igreja, destaque para a instalação de um novo sistema de som, o estofamento de todos os bancos, troca do revestimento ao redor do altar. Foi construída a gruta ao lado da igreja, a capela mortuária foi restaurada e houve a colocação de blocos de concreto ao redor. A calçada em frente às salas de catequese foi substituída, foi instalado piso ao redor da igreja, melhorado o estacionamento, construída calçada de passeio na rua principal. No cemitério foi feito um novo pórtico de entrada, o cercamento com muro e o calçamento interno. A rua de acesso é asfaltada.