Cerca de 350 professores das redes municipal, estadual e educadoras das Escolas de Educação Infantil de Arroio do Meio participaram na noite de segunda-feira da abertura do ano letivo no município.
Realizado no auditório da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Arroio do Meio (Acisam), o momento foi marcado pelo reencontro dos professores, além de prepará-los para receber os mais de 2.700 alunos que retornaram às salas de aula na quarta-feira. Na ocasião a secretária de Educação, Mara Betina Forneck, destacou o início de mais um ano letivo, que chega com novos projetos, expectativas e desafios. “Trata-se de uma verdade, cujos propósitos têm tudo para dar certo, mas para isso se faz necessária uma boa pitada de dedicação e acima de tudo, planejamento”.
Na noite também foram apresentados os 10 novos professores, além de uma auxiliar de secretaria e uma monitora.
O prefeito Klaus Werner Schnack saudou os presentes, fazendo desejos de um bom ano letivo. Frisou a importância do trabalho de cada um dos professores em prol da educação. “São cerca de três mil crianças e adolescentes sob a nossa responsabilidade. Nos orgulhamos da profissão, do dom e da dedicação que cada um de vocês possui”.
Após os pronunciamentos, teve início a palestra da educadora Márcia Carvalho, especialista em Gestão Pública, Conselheira Municipal e Estadual de Educação. Com o tema Os desafios do professor e da escola diante das novas demandas educacionais, iniciou sua fala abordando sobre o já conhecido plano de aula do professor, que tem o desafio de se relacionar com o Projeto Político Pedagógico da escola. “Quando se está na escola, o que nos une é o Projeto Político Pedagógico. Quando planejo o meu plano de aula, preciso alcançar o objetivo que coloquei nele”.
“As salas de aula são um retrato em miniatura da nossa sociedade”
Em seguida Márcia abordou sobre a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, assim como as propostas pedagógicas de todas as escolas público e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil. Por se tratar de uma lei, a BNCC é obrigatória e deve garantir direitos de aprendizagem a todos. Além disso, busca uma melhor preparação do sistema para garantir a aprendizagem do aluno. Segundo a palestrante, “a aprendizagem que a escola faz é só a escola que faz”.
Neste contexto aprofundou com os demais professores algumas leis, metas e artigos da Base Nacional Comum Curricular, e como ela impacta na vida escolar a partir de 2018. Com exemplos vivenciados em sala de aula, ela interagiu com o público, deixando claro que é preciso fazer a diferença dentro da sala de aula. “As salas de aula são um retrato em miniatura da nossa sociedade. Se queremos que essa situação mude, precisamos agir e mudar esse quadro. Não é fácil ensinar, mas eu acredito nas pessoas que acreditam na educação”, frisou Márcia.
Aos professores, enalteceu a importância que possuem na vida de seus alunos, salientando que trabalham de forma coletiva, podendo transformar vidas. “Trabalhar com gente deixa marcas. Precisamos nos perguntar que marcas queremos deixar nos colegas, estudantes, nas comunidades. Atitudes, olhar, gesto e os exemplos do professor, ensinam”.
Durante sua fala, fez com que os professores se perguntassem, no momento de fazer o seu plano de aula, o que eles estão dispostos a fazer neste ano que se inicia. Trabalhar da mesma forma ou fazer diferente? Segundo ela, temos a capacidade de mudar tudo, desde que a gente se disponha a fazer diferente. “Se queremos alunos críticos participativos, transformadores, cidadãos, isto precisa estar presente no plano de aula”.
Para finalizar, deixou a seguinte mensagem aos professores: “Que possamos trazer os projetos de vida dos nossos estudantes através do nosso olhar, não deixando de ver e acreditar neles”.
A noite encerrou com a apresentação da Orquestra Instrumental da Escola Municipal Princesa Isabel, que alegrou o público com um repertório de músicas nacionais e internacionais.