Encontrei um texto interessante em uma revista estrangeira. Fiquei pensando que o que está dito ali pode ser útil também pra nós.
Então, aqui vai o texto com algumas adaptações, que ficam por minha conta
Perguntaram a um velho sábio:
– Mestre, o que é o veneno?
– Qualquer coisa além do que precisamos é veneno – ele respondeu. Podem ser objetos, roupas, comida. Também pode ser o poder, a ambição, o medo, a raiva, qualquer coisa…
– O que é o medo?
– Medo é a falta de aceitação da incerteza. Se acolhemos a incerteza, então nos abrimos para a aventura.
– O que é a inveja?
– A inveja é a falta de aceitação da felicidade dos outros. Se a aceitamos, ela se torna inspiração, pode aparecer como um modelo a seguir.
– O que é a raiva?
– É a falta de aceitação daquilo que foge ao nosso controle. Se aceitamos a impossibilidade de ter controle sobre a maioria das coisas, então conhecemos a tolerância.
– O que é o ódio?
– O ódio vem da falta de aceitação das pessoas como elas são. Se as aceitamos incondicionalmente, isso pode se converter em amor.
– O que é a maturidade espiritual?
– Maturidade espiritual é o estágio que atingimos, quando deixamos de procurar mudar os outros e nos concentramos em mudar a nós mesmos; quando aceitamos as pessoas como elas são; quando entendemos que cada um está certo, desde que olhado da perspectiva da pessoa e aprendemos a aceitar isso.
– Alcançamos a maturidade espiritual – continuou o mestre – quando paramos de ter expectativas em relação aos outros e agimos sem calcular o retorno que nossos atos podem ter, mas somente pela satisfação que isso nos dá.
– A maturidade espiritual – concluiu o mestre – implica compreender que aquilo que fazermos, fazemos em favor da nossa paz. Implica abandonar a necessidade de mostrar ao mundo como somos inteligentes, bonitos e felizes. Implica abandonar a necessidade de nos comparar com todo o mundo e de receber a aprovação dos outros para os nossos atos. Significa estar em paz consigo mesmo e ser capaz de distinguir entre o que precisamos e o que queremos.
Poderíamos acrescentar – por fim – que tem maturidade espiritual aquele que, ao ler este texto, deixa de lembrar de pessoas às quais estas verdades se aplicam e começa a pensar em quanto isso tudo têm a ver com a sua própria vida.