O arroio-meense Major Fábio Kuhn, assumiu a Chefia de Operações e Inteligência do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Taquari (CRPO-VT) no dia 15 de janeiro. Kuhn atuou grande parte de sua carreira na região metropolitana e Capital antes de ser transferido ao Vale do Taquari. Pretende estreitar as relações entre a instituição e os órgãos públicos com o objetivo de frear a criminalidade e manter a região segura.
Para isso fala que é preciso unir esforços diante das dificuldades enfrentadas na área da segurança pública. Há poucos dias no CPRO-VT, Kuhn vive uma realidade totalmente diferente da vivida anteriormente, onde a criminalidade é mais acentuada. Lembra que apesar da criminalidade ser maior na região em que atuava, também são maiores as forças policiais. “Na Capital não é difícil reunir 10 viaturas em 15 minutos em casos de necessidade. Aqui no Vale as distâncias entre alguns municípios são consideráveis, o que retarda uma pronta resposta à criminalidade”, e complementa, “apesar disso, temos conseguido êxito em várias intervenções contra o crime, pela perspicácia, coragem, perseverança e garra dos nossos policiais”.
Frustração
Sobre a criminalidade, o Major fala que a corporação trabalha diuturnamente para manter a ordem pública e a paz social. Porém, desabafa dizendo que é muito frustrante prender um indivíduo por várias vezes, em razão da lei, que manda soltar, fator que favorece a criminalidade. Além da lei que é branda, Kuhn cita a falta de investimento contínuo por parte do governo do Estado na área de segurança, o que contribui para o cenário atual. “Esses fatores acabam estimulando a bandidagem, a reincidência e a ampliação das atividades criminosas”, desabafa.
Lembra que o CRPO-VT abrange 37 municípios e trabalhará em conjunto com as demais instituições locais, visando combater a criminalidade. Para isso, se baseará na análise criminal extraída dos Boletins de Ocorrências (BO) das Polícias Civil e Militar. “Dessa forma, direcionando nossos esforços para os locais de maior necessidade”, frisa.
Histórico
Fábio deixou Arroio do Meio aos 18 anos quando foi aprovado para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), localizado em Porto Alegre. Após formar-se Tenente e realizar os estágios obrigatórios para a patente, serviu em 1994 no 4º Regimento de Carros de Combate (RCC) de Rosário do Sul. Nesse ano iniciou as provas para a Academia de Polícia Militar, escola que forma os oficiais da Brigada Militar.
Ingressou na Corporação em 1995 e em 1998 formou-se como 2º Tenente, sendo promovido a 1º Tenente um ano depois. A segunda promoção ocorreu em 2001, ao posto de Capitão e em 2016, ao Posto atual de Major. A vida dedicada à Segurança Pública se deu nas cidades de Gravataí (seis anos), Alvorada (quatro anos) e Porto Alegre (oito anos). “Trabalhei um ano no Rio de Janeiro cedido à Senasp para ajudar nos jogos Pan-americanos de 2007”, lembra. O major Fábio finaliza a entrevista pedindo que a comunidade comunique a Brigada Militar, através do telefone 190, ao avistar qualquer atitude suspeita nas imediações de residências, empresas ou mesmo na via pública. Frisa que detalhar as informações a exemplo da cor e modelo do carro, direção que os indivíduos tomaram, características físicas e vestimenta aumentam a chance da prisão. Revela ainda que geralmente o criminoso não tem um alvo pré-definido, e por isso opta por pessoas fragilizadas, desatentas, fatores que facilitam a ação. “Também é possível ligar para o número 181 (disque denúncia), o que gerará uma investigação posterior pelas polícias”, conclui.