O fim de ano é um período que todo mundo gosta de viajar e se divertir, mas também é um período de preocupação. Nos aplicativos usados para intermediar e facilitar locações de imóveis há estelionatários especializados em enganar veranistas. No Brasil, só nesta época, os golpes aumentam em 400%.
O Delegado João Alberto Selig, titular da Delegacia de Polícia Civil de Arroio do Meio, explica que em negociações pela internet as pessoas devem se certificar sobre a idoneidade das informações, buscar o máximo de detalhes possíveis sobre os imóveis, dos proprietários ou procuradores. “Não se pode acreditar no que não se vê. Até os contratos podem ser falsificados. Deve se dar preferência a imobiliárias, confirmar tratativas pelos telefones oficiais, ou buscar contatos já feitos por conhecidos em outras temporadas. Desconfiar de ofertas abaixo do preço de mercado. Como geralmente pedem uma entrada, pode ocorrer de sumirem do mapa”, alerta.
Selig ainda faz ressalvas quanto ao comportamento dos veranistas em cidades turísticas. Sugere muita cautela na digitação da senha dos cartões de crédito, pois sempre pode haver alguém observando, para tentar furtar o cartão na sequência. Nos bancos, por exemplo, há trombadinhas, que intencionalmente derrubam os documentos das pessoas nas filas dos caixas eletrônicos e depois trocam os cartões no meio do tumulto. Desconfiar de estabelecimentos que possam usar sistemas chupa-cabras para clonar informações bancárias. E nunca deixar a senha perto do cartão.
Com o dinheiro em espécie, sugere que as pessoas levem o mínimo possível pois toda a cidade possui formas mais seguras de operações financeiras, ou caixa eletrônico para retirada de pequenas quantias. E se levar, procurar dividir o dinheiro em mais locais (para que os bandidos não levem tudo de vez), e de preferência deixá-lo em lugares improváveis. “É preciso tomar cuidado inclusive nos próprios imóveis onde se está hospedado, pois outros indivíduos podem ter feito uma cópia da chave”, explica.
Os carros, procurar deixar em garagens ou estacionamentos. Não deixar nada a vista nos bancos, pois pode atrair arrombamentos. “Em caso de qualquer desconfiança ou suspeita, sempre ligar para a Brigada Militar”, orienta. Também solicita aos turistas que procurem deixar de sobreaviso um vizinho sobre a ausência, para zelar pela residência durante as férias.