Com o objetivo de reduzir o índice de criminalidade em Arroio do Meio o Grupo Pró-Segurança realizou um encontro na terça-feira, no salão da Comunidade Luterana São Paulo, para discutir alternativas na tentativa de barrar a onda de crimes que vem preocupando munícipes. O grupo que é formado por pessoas da comunidade arroio-meense se encontrou pela terceira vez para discutir o assunto. Participaram das discussões o presidente do Consepro Paulo Nicolai e o capitão da Brigada Militar, Ricardo da Silva.
Várias alternativas, a curto e longo prazo foram apontadas pelos presentes para frear a onda de crimes, entre elas, parcerias com a Administração Municipal, a exemplo do pagamento de horas extras a brigadianos que pode ser feita através do Consepro. Outras parcerias podem ser concretizadas entre governo municipal e estadual. O capitão da Brigada Militar, Ricardo da Silva, lembrou de Pelotas onde os servidores recebem um determinado valor, proveniente do município, por apreensões de armas de fogo. Citou também o pagamento de aluguel a brigadianos por parte do Executivo possibilitando a permanência do policial em Arroio do Meio. “Hoje a nossa corporação possui um banco de intensões de transferências. A maioria dos servidores quer voltar para o local onde nasceu”, observa Silva.
O presidente do Consepro Paulo Nicolai lembrou que os órgãos de segurança recebem recursos do Executivo, Judiciário e da cooperativa Sicredi. O Poder executivo repassa mensalmente R$ 2.100 para a Brigada Militar e Polícia Civil.
Ao ouvir as palavras do presidente do Consepro, o pastor Jair Erstling considerou pouco o valor repassado mensalmente pelo Executivo à Brigada Militar que é de R$ 900 e sugeriu uma audiência com o prefeito para tentar aumentar esse recurso. “Esse é um valor muito baixo para um município rico como o nosso. Precisamos reivindicar maiores recursos para os órgãos públicos”, observou.
Silva disse que a Brigada Militar precisa além dos recursos o apoio da comunidade e falou da realidade vivida pelos funcionários públicos ligados à segurança com o parcelamento de salário. “Qual é a motivação desse profissional em não receber seu salário no fim do mês”, desabafa e finaliza, “O apoio moral é importante para esse profissional que atravessa um momento difícil.”