Segundo manifestações de profissionais da imprensa, vinculados aos veículos que acompanham a Comitiva do presidente Temer na viagem à Rússia, que acontece nesta semana, o confuso quadro político vivido no Brasil, está prejudicando as tentativas de negociações com os estrangeiros.
Entre os propósitos do presidente está o de intensificar as conversações para ampliar o intercâmbio comercial, visando principalmente a exportações de carnes, bovina, suína e de frango, depois dos problemas que provocaram a recente crise envolvendo a produção, especialmente de carne bovina.
Informações dão conta de que os “clientes” levam em conta a nossa instabilidade interna, fato que traz prejuízos comerciais, além de colocar ainda mais combustível na frágil situação política e econômica, associada à profunda crise moral, sem precedentes.
LEITE, PRODUTOR GANHA MENOS DO QUE HÁ UM ANO
O preço de referência do litro de leite diminuiu neste mês de junho, em relação ao vigente no mês de maio. Passou de R$ 1,0353 para R$ 1,0178 o litro, quando em junho de 2016, o preço do litro, referência, era de R$ 1,1849.
Considerando que no período de inverno a atividade de produção de leite já tem, ao natural uma diminuição ou retração, aumentando o custo de produção, fica difícil o produtor assimilar esta situação, passando praticamente à condição de pagar para produzir.
Para o Conselho Estadual do Leite, este quadro seria uma consequência da diminuição do consumo. O Conseleite acredita que apenas um aumento no consumo poderá “oxigenar o setor industrial”.
NOVAS REGRAS PARA O CRÉDITO FUNDIÁRIO
Já havia feito referências às possíveis mudanças em alguns aspectos do Programa Nacional de Crédito Fundiário, previamente anunciadas por ocasião do lançamento do Plano Safra 2017-2018, no final do mês de maio.
Entidades sindicais mobilizaram-se nas últimas semanas e tudo indica que além de alterar o teto do financiamento, por família, de 140 mil reais para 200 mil reais, outras vantagens poderão ser contempladas, como é o caso do prazo para quitação do crédito e uma maior facilitação nos processos em algumas etapas.
As novas regras serão divulgadas no início do mês de julho, com a expectativa de que o programa, além de ser atrativo, seja viável ou praticável, não apenas no papel, na teoria, mas, sobretudo, na prática.
Mas é imprescindível também que sejam adotados instrumentos ou ferramentas de fiscalização para a execução do programa. O passado recente provou que aconteceram sérios problemas de distorções em relação ao mesmo. Foram concedidos créditos não respeitando as regras determinadas, beneficiando indevidamente mutuários.
O programa carece de confiabilidade e credibilidade para ser um instrumento capaz de proporcionar a permanência de jovens agricultores no meio rural, que é um de seus principais objetivos.
ÍNDICES PROVISÓRIOS
A propósito do comentário da coluna anterior, aconteceu nesta semana a publicação do desempenho do Valor Adicionado dos municípios da região. Mesmo que os números possam ainda mudar, pois há um período para recursos, verifica-se um pequeno crescimento do Vale do Taquari, na comparação dos anos de 2016 para 2017. E volto a reafirmar que a produção primária é a responsável pelos resultados positivos.