Várias pesquisas sugerem que o brasileiro é campeão no uso de redes sociais. Elas se popularizaram a partir da década de 2000 e de lá para cá só cresceram em aficionados, embora há muita gente que se recuse a fazer uso delas e não sente a menor falta. Estima-se que o brasileiro ocupa 60% mais tempo em redes do que outros povos, e a pergunta é até que ponto elas contribuem para as pessoas realmente se tornarem mais informadas, com maior capacidade para pensar ou se elas são mero passatempo a ponto de inclusive se tornarem um vício.
Estar conectado a uma rede significa que você tem um mundo de informações à sua frente. São milhares de livros, vídeos, músicas, mensagens… Você pode interagir com pessoas que conhece ou não, em qualquer parte do mundo.
Enquanto a tecnologia traz muitos benefícios, tanto na vida pessoal quanto na corporativa, há um número cada vez maior de pessoas dependentes, que não conseguem ficar longe das redes sociais tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Parece que precisam conferir toda hora o que alguém postou, usar as redes sociais para exibir qualquer bobagem, ver quantas curtidas recebeu, ou que os outros receberam.
As redes sociais na interatividade podem ser um passatempo agradável mas podem trazer problemas de saúde para quem vive mais o mundo virtual do que o real, ou deixa de priorizar e se focar na vida cotidiana, com todos os seus percalços para viver a vida de um facebook, onde é mais fácil viver de aparências.
Muitos estudos têm apontado que o uso excessivo de redes sociais pode trazer prejuízos nos estudos de jovens e adolescentes, na medida em que não se alimentam adequadamente ou não dormem o suficiente. A utilização de redes para mera transferência de informações e conteúdos, sem desenvolver a capacidade de opinar é outro problema. Outra questão é a seleção de conteúdos acessados que não são devidamente checados e/ou abrem para um debate mais aprofundado. Muitos adolescentes e jovens se trancam nos quartos ou andam em grupos mais conectados com a máquina do que com quem está ao seu lado. Os pais nem sempre se ligam nesta realidade e acham que o filho está protegido.
Não é fácil mudar estes hábitos e muitas vezes será preciso ajuda externa. De qualquer modo há algumas regrinhas que podem ajudar a controlar a vontade excessiva de estar conectado mais tempo do que o necessário.
Não leve o aparelho para junto da mesa de refeição.
Desligue seu aparelho quando for dormir. Nem leve para o quarto.
Procure ficar algum dia do mês totalmente desligado.
Priorize seus contatos pessoais. Quando estiver com alguém evite a comunicação virtual, valorizando quem está junto de você.
Violência no Brasil
No Brasil morrem em média 4.647 pessoas por mês vítimas de violência. Os dados para chegar a esta média referem-se ao período de 2011 a 2015, quando foram registrados 278.839 assassinatos. Neste mesmo período morreram na guerra da Síria 256.124 pessoas.
Fazem parte da estatística as mortes por crime doloso (quando há intenção de matar); latrocínio (roubo seguido de morte) lesão corporal seguida de morte e morte de ações policiais. Infelizmente o Brasil não tem políticas públicas de segurança de abrangência federal. Os estados são responsáveis pela segurança e como sabemos a grande maioria está falida. Mas isto não quer dizer que o Estado não deva ter competência sobre o assunto. É preciso que sejam escolhidas prioridades para proteger as pessoas de bem. Paralelamente é preciso que se pense ações sociais coletivas nas áreas de educação e saúde.
Fecha as portas
Funcionários do Atelier de Calçados Adri receberam no início do mês de forma inesperada a notícia de que a fábrica fecharia. A empresa inclusive estava cotada em se transferir para o distrito industrial Coxilha Vermelha, em São Caetano, com incentivos aprovados pela prefeitura através de uma área de terras. O contrato não tinha sido assinado. Em torno de 40 empregados foram dispensados e as rescisões estão sendo discutidas.
Além do fechamento desta fábrica outras empresas estão passando por dificuldades ou com poucos pedidos o que as tem obrigado a dar férias coletivas. É um retrato da crise que exige gestões cada vez mais eficientes mas principalmente estabilidade e responsabilidade política e econômica.