O costume de comer carne suína na virada do ano já é tradição. Conforme a lenda, não é indicado ingerir aves, como peru e frango, na noite da passagem de ano. Isso porque aves são animais que ciscam para trás. Essas características sugerem que não haverá avanços no Ano Novo, podendo ocorrer retrocessos, assim como as conquistas poderão ir embora com facilidade. É aí que entra a carne de porco. Esse animal fuça para frente, o que simboliza prosperidade, avanço.
O consumo de carne suína aumenta no mês de dezembro. Da mesma forma a procura por leitões – que são assados inteiros – cresce 80% nesse período e vem ganhando mercado ano a ano. De olho nesse nicho, o criador de suínos Ilson Guilante, de Forqueta Baixa, produz animais que pesam entre 14 e 25 quilos, após abate.
O preço varia conforme o tamanho do animal. Pesando até 16 quilos o preço é de R$ 150 a cabeça. Ao ultrapassar 16 quilos é acrescentado R$ 9, o quilo subsequente. A idade ideal dos leitões para esse fim é de dois meses. Com um mercado em ascensão, o produtor projeta ampliar a produção em 20% para o próximo ano. “Precisamos atender a demanda”, avalia.
Com acompanhamento da Emater e do técnico em agropecuária, Elias de Marco, o produtor possui sempre um número mínimo de 180 animais entre matrizes, suínos em terminação e prontos para o abate. Conta que nas últimas semanas seis matrizes deram a luz, com 11 a 12 filhotes cada. Observa que ao contrário dos produtores que preferem as integradoras, opta por trabalhar por conta própria, o que é mais rentável. Os créditos vão para o filho Ariel de 18 anos, que é o responsável pelo manejo dos animais. “Sem o Ariel não teríamos uma produção tão grande. Ele é dedicado e muito responsável. E gosta de trabalhar com os suínos”, fala Guilante.