Arroio do Meio – Dois casos de maus tratos contra animais foram registrados em apenas dois dias no município. O primeiro deles levou a Brigada Militar à Estrada Geral de Arroio Grande, no último sábado dia 18. No local, dois cães foram encontrados enforcados e presos a galhos de árvores em um arroio. De acordo com o Capitão Eduardo Senter, a denúncia foi feita a uma representante da Associação de Proteção aos Animais Arroio-meenses (Apaam) que avisou a corporação. Segundo Eduardo Sartori Chiarelli, veterinário e responsável técnico da Apaam, a polícia já tem suspeitos do crime e já é sabido que os cães eram daquela comunidade. “Esperamos que a polícia descubra e possa punir essas pessoas que fizeram isso”, comentou.
Outro caso de maus tratos foi registrado na manhã de domingo, um dia depois dos cachorros serem encontrados mortos em um arroio próximo a Estrada Geral de Arroio Grande. Desta vez, dois cães foram abandonados em frente à Apaam. Eles foram encontrados no domingo pela manhã por um funcionário, amarrados no portão da instituição. Apesar de estarem magros, o estado de saúde dos cães parece bom, o que indica que não eram mal cuidados. Chiarelli pede apoio da comunidade para encontrar o proprietário dos cães abandonados em frente ao abrigo e faz um apelo para que as pessoas não abandonem seus animais de estimação, já que podem ser enquadrados na lei federal 9.605/98, de defesa dos animais, a qual o infrator está sujeito de três a seis meses de detenção.
Com 70 animais alojados, a instituição está com sua capacidade máxima de lotação. Dois cães de pequeno porte foram adotados há alguns dias, mas com a chegada dos dois cães encontrados na manhã de domingo o abrigo volta a sua lotação máxima. Por isso, o local não está recebendo novos animais. “Nos últimos dias recebemos várias ligações de pessoas que querem se desfazer de seus bichinhos. Mas precisamos zelar e cuidar também da saúde desses que estão aqui, vermifugando e fazendo a castração para que eles não procriem. Aqui não é um depósito de cachorro”, frisou Chiarelli.
Interessados em adotar podem ir até o abrigo que fica ao lado do Parque de Máquinas da prefeitura levando documento de identidade, CPF e endereço da residência. Porém o veterinário chama atenção para a adoção consciente, na qual a pessoa se responsabiliza em cuidar do animal até o resto de sua vida, inclusive com tratamento veterinário, vermifugação e castração quando necessário. Ele fala que na maioria das vezes as pessoas agem por impulso e depois se arrependem em ter adotado o animal que necessita de cuidado e carinho. “Muitas vezes são casais novos, depois se separam e o cachorro acaba sobrando. Outro caso comum acontece quando as pessoas mudam de residência e não conseguem levar o animal por motivo de espaço”, comentou.
Adotar um animal requer uma série de cuidados, tais como: água e comida de qualidade; local adequado com sombra e espaço; exercício diário, um cão estressado pode latir excessivamente perturbando os vizinhos; de ambiente limpo; de cuidados veterinários, como vacinas e vermífugo; de esterilização entre outros.