Rio Grande do Sul – A divulgação de que cinco deputados federais (Jerônimo Goergen, Afonso Hamm, Renato Molling, José Otávio Germano e Luiz Carlos Heinze), um ex-deputado (Vilson Covatti) foram incluídos na lista de investigados pelo esquema de desvios de recursos da Petrobras, descoberto pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal, gerou a pior crise da história do Partido Progressita (PP) gaúcho, que participa nacionalmente do governo Dilma e do secretariado do governo Sartori, no Estado.
Juntamente com outros 45 políticos e empresários citados, os nomes surgiram durante a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, que revelou que os deputados do PP recebiam entre R$ 30 mil e R$ 150 mil.
Na reunião realizada quarta-feira, a direção estadual do PP pediu para que os deputados colaborem com as investigações abrindo mão do sigilo fiscal, bancário e telefônico.
O presidente Celso Bernardi não quis falar de conspiração, mas afirmou que o partido poderia estar sendo punido por ter posições divergentes ao diretório nacional e ao governo federal.
O deputado federal Jerônimo Goergen chegou a chorar e declarar que o partido estava acabado. Nas eleições de outubro ele conseguiu apoio de 1.311 eleitores em Arroio do Meio.
O presidente do diretório municipal do PP, Gustavo Kasper, e assessor do deputado, comenta o reflexo negativo para o partido, mas acredita que a situação se trata de um “golpe político”. “Ele é da extrema-oposição, não faz sentido algum ele receber recursos do governo. Ele garante a inocência. Confiamos que ele não tem nada a ver com o esquema. Houve esforço grande na campanha dele e com poucos recursos”.
No início da semana Goergen solicitou desligamento do diretório estadual do PP.