Arroio do Meio – O município foi um dos selecionados para receber um profissional do Programa Mais Médicos. Especializado em saúde pública, o estrangeiro atuará nas unidades municipais a partir de segunda-feira. A apresentação do médico será feita hoje à tarde, em Porto Alegre.
O coordenador das Secretarias do Município, Klaus Schnack disse que pouco se sabe sobre o profissional que virá a Arroio do Meio. “Conheceremos ele no seminário, realizado na quinta (ontem) e sexta-feira (hoje), em Porto Alegre.” Schnack explica que, neste primeiro momento, a atuação do médico será cobrindo as férias dos colegas. Ele atuará no Posto de Saúde Central e na Unidade de Saúde do bairro Bela Vista.
A secretária de Saúde e Assistência Social, Maria Helena Matte está na capital, onde participa da apresentação, seguida de roda de conversa entre gestores municipais, os profissionais, coordenadores regionais de saúde coordenadores da Atenção Básica e apoiadores do Departamento de Assistência Social, da Secretaria de Saúde do Estado.
“Estamos bastante empolgados com a vinda do profissional. Sabemos que muitos municípios esperavam este benefício, mas não receberam,” declara Maria Helena. Os custos de moradia serão arcados pelo município. “Vamos aguardar a chegada dele para que ele mesmo possa definir qual é a acomodação de sua preferência.” O limite do custo mensal de aluguel e alimentação é de R$ 2,5 mil.
O Mais Médicos
O Programa Mais Médicos faz parte do pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que prevê investimento em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez ou não existem profissionais. As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceita candidaturas de estrangeiros. Segundo dados do governo federal, o Brasil possui 1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em outros países, como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,9) e Espanha (4). Além da carência dos profissionais, o país sofre com uma distribuição desigual de médicos nas regiões – 22 estados possuem número de médicos abaixo da média nacional.
Ministério da Saúde afirma estar investindo R$ 15 bilhões até o ano que vem em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde. Desses, R$ 2,8 bilhões foram destinados a obras em 16 mil Unidades Básicas de Saúde e para a compra de equipamentos para 5 mil unidades; R$ 3,2 bilhões para obras em 818 hospitais e aquisição de equipamentos para 2,5 mil hospitais; além de R$ 1,4 bilhão para obras em 877 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Além disso, estão previstos ainda investimentos pelos ministérios da Saúde e da Educação. Os recursos novos compreendem R$ 5,5 bilhões para construção de 6 mil UBS e reforma e ampliação de 11,8 mil unidades e para a construção de 225 UPAs e R$ 2 bilhões em 14 hospitais universitários.