Rio Grande do Sul – Os membros da Comissão de Infraestrutura, Diretoria e Conselheiros do Conselho do Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), discutiram o novo modelo de pedágios e as demandas de infraestrutura regionais. No encontro, ocorrido nesta quarta-feira (17), foram apontados, de forma preliminar, os nomes que comporão o conselho.
A discussão sobre a formação do grupo girou em torno das representações políticas e técnicas. O documento constitui a contraproposta ao modelo apresentado pelo governo estadual sobre constituição dos conselhos comunitários, responsáveis pela fiscalização da administração dos recursos arrecadados pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
Quinze representações fazem parte da proposta. Serão eles, representantes das classes empresarial e trabalhadora, Associação de Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat), usuários das rodovias, EGR, Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Regional de Economia ou de Contabilidade, Codevat, Univates, jovem ou estudante, imprensa e Conselho Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (Consisa).
O presidente do Codevat, José Cenci elenca descontentamentos que serão repassados à EGR. “É urgente que sejam criadas contas bancárias para o depósito do dinheiro arrecadado em cada pedágio”, declarou. Atualmente, a verba vai para o caixa único do governo. “Além disso, vamos também ratificar que aceitamos ter tarifas diferentes para regiões distintas, a fim de adaptação ao plano de manutenção e investimentos de cada local.”
“Reforçamos a necessidade de que o conselho tenha caráter deliberativo, e não consultivo, como o Estado defende. Dessa forma será possível decidir onde serão aplicados os recursos para a manutenção e infraestrutura das estradas, oriundos do pedágio”, declara Cenci, que avalia que a execução das demandas, muitas vezes ainda depende da vontade política, e teme que o estatuto não seja colocado em prática.
Conforme ele, a região precisa definir sua posição perante ao Estado. “A uniformidade da posição dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) trará mais força”, dimensionou.
Conforme a secretária executiva do Codevat, Cíntia Agostini, após o encaminhamento da proposta e o retorno da EGR, é possível que o conselho na região esteja montado em 30 dias. A intenção é que o presidente da EGR venha até a região para uma conversa e definição final da composição do conselho. No dia 31, haverá audiência para tratar da duplicação do trecho entre Fazenda Vilanova e Iraí da BR-386, na Univates.
Propostas dos municípios
Os municípios da região elencaram propostas de melhoria nas rodovias. Arroio do Meio reivindicou a duplicação da ERS-130 e da RST-453, além de acessos aos bairros e área central da cidade e manutenção da VRS entre o município e o distrito de Forqueta; pavimentação de quatro quilômetros de acostamento da VRS-811, trecho entre a ERS-130 até o bairro Rui Barbosa.
Marques de Souza quer um trevo de acesso à cidade de Progresso, pela ERS-423, em forma de rótula fechada ou viaduto; acessos ao distrito de Bela Vista do Fão e à sede distrital de Tamanduá (Progresso-Tamanduá); acesso secundário ao centro da cidade (rua 25 de Julho) e acesso à localidade de Picada Flor. A cidade também quer a construção de trevo de acesso à cidade na BR-386, com redutores de velocidade.
Pouso Novo documentou a necessidade de rótula de acesso a frigorífico da Languiru pela RST-419, que está pendente no Daer. O município de Travesseiro solicitou para obra de infraestrutura junto ao trevo de acesso à BR-386, que também dá acesso a Marques de Souza e ligação asfáltica de seis quilômetros entre a cidade e Arroio do Meio.