Ir em busca de novas experiências e conhecer novas culturas. Esse é o desejo de muitas pessoas, principalmente universitários, que aproveitam a vida acadêmica para realizar intercâmbios e encarar novos desafios. Um destes exemplos é a estudante do 7º semestre de Relações Públicas da Univates, Cássia Scherer. A arroio-meense retornou de Portugal no dia 19 de fevereiro, após um período de seis meses em terras portuguesas.
Segundo ela, realizar um intercâmbio sempre foi seu sonho e, vinha se informando sobre o assunto. “Já tinha entrado em contato com agências de intercâmbio de Porto Alegre, mas a oportunidade se deu através da Univates. Fiquei atenta ao período de inscrições e quando iniciou em março do ano passado, me inscrevi, passei pelo processo seletivo que é composto de entrevista com uma psicóloga, sendo então selecionada”.
A estudante optou por Portugal pela relação que o Brasil tem com o país, por fatores históricos, além do interesse em conhecer o povo português. Por estar localizado na Europa, a proximidade geográfica facilitou conhecer outros países, o que também era uma das intenções de Cássia. Além de Portugal, o curso de Relações Públicas da Univates tem protocolo de intercâmbio com Argentina e Chile.
Nestes seis meses, Cássia estudou no Instituto Politécnico de Leiria, uma cidade localizada no centro de Portugal onde fez disciplinas em dois cursos diferentes (Curso de Marketing e Curso de Relações Humanas e Comunicação Organizacional). “A experiência foi muito interessante, porque apesar de na teoria a língua ser a mesma, na prática não é. Por muitas vezes não entendia o que os professores falavam pelo sotaque e pela diferença das palavras e eles, por sua vez, muitas vezes também não me entendiam. Lá a maioria dos estudantes tem aula durante o dia e não trabalham como aqui, somente estudam. Além disso, as aulas são mais teóricas, diferente da Univates, onde temos várias aulas práticas e discussões sobre o mercado de trabalho”, conta.
Cássia viajou com mais quatro meninas da região que não conhecia, cuja aproximação ocorreu durante o intercâmbio. Viajando praticamente ‘sozinha’, ela relata que não sentiu medo algum ou algo parecido, pois sabia que a residência e documentos estavam todos certos. “Fui aberta mesmo para conhecer novas pessoas, era o que eu queria e acho que é um dos motivos pelo qual se faz um intercâmbio. O fato de ir sozinha, jamais me impediria de ir”. Enquanto esteve em terras portuguesas, a estudante de RP salienta que passou por dificuldades que acredita serem normais como adaptação, língua, mas nada fora do comum. Além disso, conheceu os países da Espanha, França, Itália, Holanda, Inglaterra e o Marrocos.
Entre as impressões da viagem, a arroio-meense define Portugal como um país pequeno e encantador. “Cada ruela tem o seu charme e muitos anos de história. Além disto, tem as praias mais lindas que eu já vi. O povo é muito mais educado e romântico, entretanto, no geral são um tanto quanto pessimistas, principalmente quando se fala da crise financeira pela qual o país passa atualmente”.
A estada no país português foi de muitas aprendizagens, que duraram até o último dia. Ela salienta que teve que aprender a viver e a se relacionar numa cultura completamente diferente da sua. Apesar de tudo, contou com a sorte de conhecer pessoas legais que a auxiliaram, além de contar com o incondicional apoio da família.
Cássia não se cansa de dizer que amou Portugal e define o intercâmbio como uma experiência de vida única e onde se depara com diferentes situações que devem ser dribladas. “Cresci muito em níveis pessoais e culturais e acredito que é uma forma única de crescer. Só quem faz um intercâmbio consegue entender perfeitamente todos os momentos e sentimentos que enfrentamos. Como dizem, viajar é a única coisa que você compra e te deixa mais rico e para mim isso é a mais pura verdade. Aos que tem a chance de passar por essa experiência, só tenho a dizer que não percam esta oportunidade, pois a recompensa será extremamente prazerosa”.