Arroio do Meio – A primeira etapa da vacinação de bovinos contra a febre aftosa foi considerada satisfatória pela equipe da inspetoria sanitária do município. Foram atendidos 5.376 animais com até dois anos de idade. A próxima etapa da campanha ocorre em maio, quando o objetivo será vacinar todo o rebanho registrado no município.
Conforme o médico veterinário do município, Luiz Cesar Garcia Cougo, cerca de 300 animais cadastrados na inspetoria não foram vacinados. Todos estão distribuídos em 60 propriedades rurais. Ele ameniza a situação, e afirma que o número pode ser menor. “Muitos animais foram mortos para consumo, mas o produtor esqueceu de avisar. Então continuam no nosso cadastro.”
Cougo garante que, apesar da meta não ter sido atingida em sua plenitude, inexiste risco para os demais animais. Diz que o número é insignificante, e que a equipe visitou todas as propriedades. “Precisamos confiar no produtor, pois cabe a ele nos repassar a quantidade de bovinos aptos a receber a vacina.”
As vacinas eram gratuitas para os produtores cadastrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e que possuam até 100 animais por núcleo familiar. Em Arroio do Meio, a vacina foi aplicada por profissionais credenciados pelo Conselho Arroio-meense de Desenvolvimento Rural (Conar), a um custo de R$ 1,50 por bovino vacinado.
Aqueles produtores que não estão enquadrados nos critérios do Pronaf, ou que possuem mais de 100 bovinos tiveram que adquirir as doses necessárias em lojas agropecuárias credenciadas.
O que é a febre aftosa
A febre aftosa é uma doença comum entre os animais, mas que raramente contagia o ser humano. A contaminação ocorre por meio de vírus. Seu contágio ocorre com mais frequência em animais de patas fendidas como suínos, gado bovino, ovelhas, cabras e cervos. É comum ocorrer epidemia após a infecção.
Entre as principais características da doença está a elevação da temperatura corporal, surgimento de bolhas na boca e em áreas mais delicadas da pele, além de salivação excessiva. Após surgimento das erupções na pele, é comum que elas se rompam deixando o animal com fortes dores, o que prejudica sua alimentação. A febre mata com rapidez os animais de pequeno porte e provoca aborto nas fêmeas.