As operações de custeio, comercialização e investimentos do próximo ano-safra (que oficialmente começou no primeiro dia de julho) devem receber, no Rio Grande do Sul, via Banco do Brasil, R$ 8,1 bilhões em financiamentos. O montante é 15% superior ao destinado ao Estado no período anterior, quando a instituição superou em R$ 510 milhões a meta inicial de aplicar R$ 7 bilhões nas lavouras gaúchas. Do total previsto, R$ 5,9 bilhões deverão ser tomados pela agricultura empresarial e R$ 2,2 bilhões pelos produtores familiares.
Em todo o País o investimento chegará a R$ 55 milhões. Um volume 14% superior ao valor registrado na safra passada. Desse total, R$ 10,5 bilhões vão para a agricultura familiar e R$ 44,5 bilhões para os agricultores empresariais e as cooperativas rurais.
A maior parte dos desembolsos (74%) está prevista para acontecer no financiamento ao custeio e à comercialização. Em uma semana que o banco já opera o novo Plano Safra, já foram liberados R$ 600 milhões em todo o Brasil. Os focos, nesse ano, estão na agricultura familiar, no Pronamp (para médios produtores), no Programa Agricultura de Baixo Carbono, no Seguro Agrícola e no financiamento às cooperativas e na capacitação.
Na apresentação do plano, o superintendente-regional de Governo do Banco do Brasil, Alucir Biasi, explicou que o valor não é um teto. A instituição, que responde por 64% do mercado de crédito agrícola brasileiro, atribui o avanço de produtividade registrado nas últimas décadas à disponibilidade de recursos para financiamento e ao avanço tecnológico conquistado pela Embrapa. Em 20 anos, segundo Biasi, o País aumentou sua produção em 180%, enquanto a área expandiu em apenas 30% – mantendo uma taxa de preservação dos biomas de 60%. Entre os recursos repassados, 78% estão relacionados ao plantio direto.
Biasi ainda destacou que, neste ano, praticamente todas as linhas de crédito incluídas no pacote tiveram redução de juros. Da mesma forma, alguns limites de financiamento e de enquadramento também foram ampliados.
A instituição também vai operar o programa Minha Casa, Minha Vida Rural e a expectativa é de aplicar no Estado de 15% a 20% da meta nacional – que é financiar a construção de 100 mil unidades habitacionais até 2014. Os agricultores serão enquadrados em três grupos, de acordo com a renda anual.